BlogBola

Tentando dar alguma razão à emoção do futebol

29 de abr. de 2005

A culpa é da imprensa

escrito por Raphael Perret @ 13:20 2 comentário(s)

Do goleiro Fábio Costa, do Corinthians, ao comentar a briga de rua que protagonizaram Tévez e Marquinhos no treino de ontem no clube (publicado no Último Segundo):
- Isso é normal. Aconteceu hoje, já aconteceu outras vezes e vai continuar acontecendo em qualquer clube de futebol. Por ser o Corinthians é óbvio que um fato como esse ganha muito mais visibilidade. Vocês jornalistas, por exemplo, com certeza já devem ter se pegado algum dia dentro de uma redação, mas por ser Corinthians, tudo é maior.
?

28 de abr. de 2005

Romário e Corinthians

escrito por - Elis - @ 10:08 3 comentário(s)

Pacaembu, São Paulo. Um frio cortante e uma multidão apreciando o jogo amistoso da seleção com a Guatemala. Eliminatórias? Não, um jogo para homenagear os 40 anos da Globo. E que coincidiu com a despedida de Romário com a amarelinha.
Alguma coisa errada aí. Globo, carioca. Romário, carioca. O que tem esse jogo a ver com o frio cortante do Pacembu, em SP?
O baixinho, que fez o gol da vitória, explica aos jornalistas: "Vocês sabem, mais do que ninguém, que minha casa real é o Rio de Janeiro. Sempre tive alguma coisa com São Paulo e com os paulistas. Já que minha despedida não foi no Rio, não poderia ser diferente, teria que ser em São Paulo, como foi".
Eu ainda não entendi o espírito da coisa.


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Passarella quer novo goleiro para o Corinthians. Não só ele. Todo corintiano quer. Ainda mais depois do primeiro jogo contra o Cianorte... Mas não precisa necessariamente ser argentino. :-)

27 de abr. de 2005

Grande Baixinho

escrito por Raphael Perret @ 17:47 3 comentário(s)

Image hosted by Photobucket.comAs últimas declarações de Romário são de uma maturidade impressionante. Não se comparam às asneiras ditas recentemente pelo craque, como no episódio da "janela" em que se envolveu com o então técnico do Fluminense, Alexandre Gama, em 2004. Com uma aposentadoria bem próxima, o Baixinho baixou a bola e tenta despedir-se dos gramados com elegância e toda a pompa que merece.

A marra, é verdade, continua. Porém, nada que não passe dos limites do folclore. Bonito vê-lo admitindo que "será ótimo se os novos jogadores não fizerem 90% do que ele fez fora de campo". Sempre com absoluta serenidade, deixando transparecer um Romário ciente de seu potencial, de seu histórico e de como pode ser exemplo para futuros craques.

Adversários guatemaltecos à parte, é bom rever o Baixinho com a amarelinha em sua despedida. Justa homenagem a quem tanto honrou a Seleção e a quem tanto despertou paixões e ódios em torcedores de todo o mundo.

Valeu, Peixe. O ser humano Romário segue seu rumo. Os lances e os golaços do jogador permanecem eternos.

Gols

escrito por AL-Chaer @ 01:20 3 comentário(s)

AL-©haer

Num campeonato com 11 jogos por rodada (42 rodadas!), em que a vitória vale 3 pontos, há de se esperar muitos gols. E gols de tudo quanto é jeito. Não interessa como. Gol Feio ou Gol Bonito valem a mesma coisa. Como disse o Filósofo Contemporâneo Dario-Dadá-Maravilha: “Não existe gol feio; feio é não marcar gol”. Gol é gol, e não quero saber se a bola foi indefensável ou se foi “frango”.

Para quem joga futebol desde criança (que é o meu caso e o de milhões de brasileiros) só há três tipos de jogadores: os goleiros, os que jogam na defesa e os que jogam no ataque. Geralmente um goleiro é aquele menino vaidoso que gosta de se vestir bem. Um defensor é aquele menino grandão, que tem pouca habilidade com a bola nos pés. E os atacantes são os demais. Eu estou na categoria dos demais.

Num país conhecido como O País do Futebol e, em se tratando de Futebol, o sinônimo é Gol. E, tomara que este sinônimo seja a favor de meu time. É natural que os atacantes, portanto, tenham mais valor no Futebol.

Contudo, caro leitor apaixonado, você não ouve por aí que “um bom time começa por um bom atacante”. A frase é outra: “um bom time começa por um bom goleiro”.

Para os atacantes, ou melhor, vamos abranger mais, para os jogadores de linha, quando se perde um gol, sempre há uma nova chance, a qualquer momento. Até perda de pênalti tenta-se justificar dizendo que “só erra quem está lá para bater”.

No entanto, para os goleiros, ouvir o barulho da bola roçando a rede pelo lado de dentro é o momento mais solitário que um atleta de Futebol experimenta. Quando a bola entra no seu gol, aí não há uma nova chance. Aos goleiros não é permitido a falha.

Quero, portanto, fazer uma homenagem aos Goleiros. A todos eles. Os verdadeiros Heróis do Futebol. Dos goleiros que já estão inativos, gostaria de lembrar o Raul, do Cruzeiro e do Flamengo, que foi um dos primeiros a utilizar camisas coloridas (lembram da amarela? Linda!). Grande Raul. Passa agora, pela minha memória, uma seqüência antológica de defesas realizadas pelo Rodolfo Rodrigues, do Santos...deixo para você completar as suas lembranças, que como as minhas, devem ser muitas...

E, para citar apenas dois goleiros da atualidade em atividade no Brasil, faço minhas reverências ao Rogério Ceni (este leva, mas também marca muitos gols, de pênalti e de falta, estes, belíssimos), por sua trajetória exemplar no time do São Paulo. E pelo recorde de número de partidas jogadas pelo São Paulo, que está prestes a bater. E ao Harlei, do Goiás, que – além de ser um dos melhores goleiros que já vi jogar – há muitos anos tem sido o jogador de maior expressão do Goiás, pela sua técnica e pelo seu equilíbrio dentro e fora de campo, exercendo a liderança e sendo um exemplo para os demais companheiros.

Harlei. São Harlei !!!

***


p.s.: não me peçam para jogar no gol...neim...

25 de abr. de 2005

Tradição nacional

escrito por Raphael Perret @ 23:32 1 comentário(s)

Acredite se quiser. O Goiás foi ao Pinheirão, derrotou o Paraná por 2 a 0 e é o primeiro clube do Brasileiro a trocar de técnico! Sai Péricles Chamusca, entra Édson Gaúcho. O novo treinador vem do Vila Nova, rival do Goiás e que o derrotou na decisão do Campeonato Goiano de 2005.

O próximo!

24 de abr. de 2005

Como assim?!

escrito por Raphael Perret @ 20:39 2 comentário(s)

O Campeonato Brasileiro começou com muitos resultados surpreendentes. Vários favoritos não tiveram bons resultados, mesmo enfrentando times considerados piores.

O Corinthians apenas empatou em 2 a 2 com o Juventude no Pacaembu. O Cruzeiro foi ao Maracanã e se deparou com um Flamengo mais brioso do que demonstrou o time nas últimas atuações e não passou do 1 a 1. O Internacional enfrentou o Botafogo e deve ter tomado um susto com a disposição do alvinegro, que arrancou um ótimo 2 a 0 no Beira-Rio. O São Paulo pelo menos jogou contra o campeão carioca no Rio e perdeu de 2 a 1 para o Fluminense, resultado normal e que não precisa ser encarado como o fim do mundo.

E alguém me explique o futebol. No meio da semana decisiva do Campeonato Paranaense, o Atlético chama um novo técnico, Edinho, e consegue, em apenas seis dias, vencer duas partidas na Libertadores, inclusive uma fora de casa, o que não havia obtido até então, e derrota o Coritiba nos pênaltis no segundo jogo da decisão. Então entra em seu próprio campo para enfrentar a Ponte Preta, que teve mau desempenho no Paulista... e perde por 1 a 0. Melhor pra Macaca, que perpetrou, a meu ver, a maior zebra desta rodada de abertura do Brasileirão.

***

Muito se falou, durante a semana, do esforço do técnico Paulo César Gusmão em aprimorar o condicionamento físico dos jogadores do Botafogo. Faltava conferir se isso teria algum resultado em campo. Neste domingo, teve. Os atletas do alvinegro demonstraram um grande empenho em controlar o ímpeto do Internacional no Beira-Rio, esperou o adversário cansar e meteu 2 a 0 com competência, aproveitando as chances que teve.

O Inter não chegou a decepcionar quem acredita que ele é um dos favoritos ao título. Demonstrou organização e poder de fogo, mas a defesa do Botafogo estava em ótimo dia e o goleiro Jefferson, inspirado. Pena que a torcida gaúcha vibre com os lances agressivos protagonizados por Edinho, que às vezes esquece a bola, derruba o adversário e ainda reclama da marcação da falta.

Alentador início de torneio para o Botafogo. Se o time mantiver a aplicação tática e o vigor que demonstrou em Porto Alegre, a torcida comemorará muito.

***

O Vasco até tem um bom ataque. Romário é Romário e Alex Dias é muito perigoso - tanto que, na única oportunidade que teve em Brasília, não a desperdiçou e fez um golaço.

Só que o meio-campo cruzmaltino não existe. As bolas chegavam quadradas na frente e a marcação estava recuadíssima, dando um espaço enorme para o Brasiliense chegar até a área do Vasco, principalmente no primeiro tempo, quando Iranildo abusou dos chutes de fora da área.

Na etapa complementar, Dário Lourenço organizou a defesa vascaína e o time da capital federal diminuiu um pouco o ritmo. O poder ofensivo do Vasco também enfraqueceu, com a ausência de ligação entre meio-campo e ataque. Com o time medíocre que tem o clube do Rio, o empate foi bom resultado.

Destaques do Brasiliense: Marcelinho, que, mesmo lento, fez lançamentos precisos, e Tiano, que mescla força e pontaria com exatidão e incomodou o goleiro Éverton com três ótimos chutes de longa distância. Um deles entrou, aliás. Vale a pena descobrir o quanto o rapaz treina por dia esse fundamento.

***

Tristes os estádios sediando jogos com portões fechados. Esta medida pune os clubes mandantes de partidas em que houve/houver confusão criada pela torcida. E se a culpa for de algum torcedor adversário?

E como houve times punidos no ano passado!

***

Outra surpresa: os cariocas estão invictos!

***

Eu sei, o campeonato é longo, faltam 41 jogos etc. etc. Muita gente alerta Flamengo e Vasco, mas se esquece de que são quatro os rebaixados. Paraná, Figueirense e Paysandu... Hummmm... Sei não...

***

No fim de semana que vem começa a segunda rodada. Vamos dar uma conferida?

Sábado
Goiás x São Caetano
Vasco x Fortaleza
Palmeiras x Brasiliense
São Paulo x Paraná
Ponte Preta x Atlético-MG

Domingo
Juventude x Atlético-PR
Figueirense x Flamengo
Botafogo x Corinthians
Cruzeiro x Internacional
Paysandu x Fluminense
Coritiba x Santos

Cruzeiro e Internacional devem fazer um bom jogo, pois são times considerados favoritos e precisam vencer se sonham mesmo alto nesse Brasileiro. Porém, após os resultados da primeira rodada, a partida mais interessante tornou-se Botafogo x Corinthians. O Timão vai se impor depois do frustrante empate em casa? O Glorioso mostrará que a vitória sobre o Inter não foi tão inusitada e que, sim, pode almejar um futuro mais frutífero no campeonato?

Domingo saberemos.

Brasileirão 2005 - O Início

escrito por AL-Chaer @ 01:31 7 comentário(s)

AL-©haer

Depois de 2 anos de Brasileirão por pontos corridos, inicia-se o maior campeonato de Futebol do Mundo.

Não há mais mistério, depois de dois anos experimentando esta fórmula de disputa que é a mais justa, tanto para apontar o Campeão, quanto para definir os rebaixados para a Série B. A receita continua a mesma: VENCER. Principalmente, dentro de casa.

O que notamos nos últimos anos é que as equipes estão muito equilibradas, apenas alguns times têm apresentado maior regularidade, por exemplo, Santos, São Paulo, São Caetano e Atlético-PR. A novidade, neste ano, é o Corinthians, com a injeção financeira (de fonte ainda sob investigação das autoridades competentes) responsável por altos investimentos na contratação principalmente de argentinos, de modo que o Timão já está sendo carinhosamente chamado de “Coringón”.

Os times cariocas continuam não metendo medo em ninguém, o que os torna – mais uma vez – coadjuvantes num campeonato em que, outrora, eram os favoritos. Hoje, apontar um dos quatro grandes (?!) do Rio entre os 10 primeiros colocados ao final do campeonato seria uma surpresa, “quase zebra”.

Sobre os times de Minas, o Atlético Mineiro por pouco não se rebaixou no ano passado e, acredito que virá para este campeonato mais atento. Apenas isto, mas o time não tem destaques que impressionam. Quanto ao Cruzeiro, mesmo perdendo o Campeonato Mineiro para o Filial Ipatinga, tem no seu elenco o Fred, que arrisco dizer, vai ser a sensação deste campeonato. Este ano é o ano do Fred.

Do Sul, sobrou o Inter, o Colorado que já teve seus anos de ápice e glória nos anos 70 (aquele time que tinha Figueroa, Batista, Falcão, Caçapava, Valdomiro) nunca mais reeditou aquela força, apesar de que, desacreditado, houve-se bem nas duas últimas edições do Brasileirão. Fernandão, que já foi um dos destaques do Brasileirão, no ano passado, é outro que eu cito como uma das sensações deste campeonato, pois é um dos poucos jogadores que podemos dizer “modernos”, pois consegue jogar combatendo a saída de bola, volta para ajudar o meio de campo e a defesa, tem habilidade, conduz bem a bola, faz ótimas assistências, posiciona-se bem na área adversária, tem uma ótima performance em bolas altas, cabeceia bem (como poucos) e é artilheiro. Mas, repito, o ano é do Fred.

Sobra então, para os demais times sem maior expressão (tradicionalmente falando) jogar o futebol e mostrar, mais uma vez, que treino é treino e jogo é jogo. Que são 11 contra 11 e que tudo farão para vencer. Que a partida termina somente quando o juiz apita e, que – ultimamente – os árbitros não têm conseguido ajudar muito os – chamados – times grandes.

O que Baraúnas, Ipatingas e Cearás nos mostraram é que podemos ter mais times grandes (?!) rebaixados neste ano de 2005. As vagas são generosas: quatro. É muito mais fácil ser rebaixado do que ser Campeão. Em dezembro, vamos saber quem são.

22 de abr. de 2005

Sete meses

escrito por Raphael Perret @ 23:12 0 comentário(s)

É o período aproximado em que o tema principal deste blog será o Campeonato Brasileiro. O maior torneio deste país começa no sábado e vai se estender até dezembro, com 462 jogos divididos em 42 rodadas, nas quais os 22 clubes participantes se enfrentam entre si, em turno e returno.

Acho ótima a fórmula do campeonato. Premia o time mais regular e faz todos jogarem contra todos. Não tem a chance de ser injusta. Alguns comentam que, em determinado momento, a competição fica "chata", dividida entre dois ou três clubes. Não é verdade. Não se disputa apenas o título do Brasileiro, mas também estão em jogo vagas na Taça Libertadores de 2006 e na Copa Sul-Americana (valorizada por clubes médios e que tradicionalmente não brigam por título), além da sempre emocionante luta contra o rebaixamento, que ainda premiará quatro times neste ano.

As circunstâncias, portanto, tornam cada rodada importante para o futuro dos times. Sempre haverá alguma coisa para se disputar em cada jogo, injetando na partida sempre uma carga dramática, por menor que seja. O time A, invicto há tantos jogos, manterá a regularidade? O time B, que não vence há tantas partidas, quebrará o jejum? E fulano, se tornará o artilheiro nesta rodada?

O Brasileirão é o máximo. Espero acompanhá-lo do início ao fim, dentro das minhas limitações, e poder escrever sobre ele o mais bem informado possível. E espero que vocês também acompanhem o BlogBola, sempre comentando, recomendando e criticando. Com educação, sempre. ;-)

17 de abr. de 2005

O dia seguinte

escrito por - Elis - @ 22:12 0 comentário(s)

Começo minha incursão ao Blog Bola comentando uns dos fatos mais bombaredados pela mídia nesta semana: a ofensa do zagueiro argentino Desábato ao são-paulino Grafite.
A reclamação foi legítima – já era hora de alguém tomar uma atitude contra o racismo nos gramados–, mas que recepção espera Grafite na Argentina? Ou mesmo os jogadores são paulinos? (Ou mesmo a seleção brasileira?).
A maior sacanagem argentina, colocar tranqüilizante na bebida do lateral-esquerdo Branco, em 1990, foi ironizada naquele país em todos os canais de TV. Aqui, ficou um ranço amargo. E não é de hoje que os brasileiros esnobam os argentinos e vice-versa. O que me preocupa é a intolerância e a xenofobia.
Achei que com a (bem-)vinda de Daniel Passarella, Carlitos Tévez e Sebastián Dominguez ao Corinthians começasse uma espécie de reconciliação. Os corintianos adoraram os porteños e eles se encaixaram no time feito uma luva.
Mas, depois da queixa do Grafite, como ficam esses novos ídolos, será que continuam respeitados pelos atletas?
Hoje, torcedores do Quilmes exibiram faixas no clássico contra o River Plate, reafirmando as mesmas palavras racistas contra o jogador negro.
É esperar pra ver. E eu espero que essa polêmica esfrie logo.

Boa noite!

escrito por Anônimo @ 20:17 0 comentário(s)

Justiça seja feita: a barulheira que eu imaginava que ia acontecer aqui em Curitiba esta noite, com a conquista do estadual pelo Furacão, até agora não aconteceu. Bem ao contrário do ano passado, quando deu Coxa, e eu coincidentemente estava aqui na cidade.

Então, bons sonhos e boa semana a todos, vencedores ou vencidos...

Futebol e TV

escrito por Anônimo @ 20:01 0 comentário(s)

Putz, agora na Globo é assim: todo jogo decisivo é a mesma ladainha, "Final é o maior barato! Tem que ter final, tem que ter final"... Ok, ok, o patrão é sempre o patrão, é quem manda, mas não dá pra disfarçar não?

Olha só, também gosto muito de finais de campeonato, já sorri e já chorei em muitas, mas lembro de todas com carinho. Mas Campeonato Brasileiro demanda investimento, não dá pra jogar todo um ano de trabalho no imponderável. E ainda tem a questão dos times não classificados, que ficam inativos (e sem possibilidade de receita), em um campeonato com fase eliminatória. Pra mim, tem que ser pontos corridos mesmo.

Que tal deixar as finais para a Copa do Brasil (um mata-mata sensacional do começo ao fim) e para os estaduais? Dá pra parar com essa campanha velada junto à opinião pública, pra tentar mudar a fórmula de disputa do Brasileirão? Pontos corridos, ao meu ver é a fórmula de disputa mais justa tanto esportivamente como economicamente, para com os seus participantes.

Até porque o maior problema no Brasil é o monopólio televisivo sobre o futebol. Pra mim, televisão não deve mandar em campeonato e sim, comprar o direito de transmiti-lo, e só. Mas isso é conversa pra outro dia.

Domingo

escrito por Anônimo @ 18:48 0 comentário(s)

Final de semana com emoção pra todos os gostos. E polêmica garantida até o início do Brasileiro.

Na minha terra, o Brasiliense confirmou o seu posto de novo Rei do Planalto, com mais um título, conquistado (facilmente) sobre o simpático time do Gama. Sem bairrismo, acredito que o Jacaré é candidato ao posto de revelação do Campeonato Brasileiro.

Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul: Os grandes continuam os grandes, já os pequenos não são mais os mesmos. O que saltou aos olhos foram, primeiro, as belas campanhas de Volta Redonda, Atlético Ibirama e 15 de Campo Bom (novamente ele), que justificaram a presença nas finais realizadas. Dignas de nota, a meu ver triste, foram a fraca arbitragem no Maracanã, sempre esquecida pela imprensa, quando o vencedor é um dos quatro grandes, além dos dois minutos "esquecidos" pelo juiz no segundo tempo da prorrogação, na final gaúcha, quando o Inter vencia por 2 a 1. O Volta Redonda acabou sentindo a pressão de jogar uma final, principalmente a partir do empate tricolor, no finalzinho do primeiro tempo. O 15 de Campo Bom, a continuar no caminho que está, seguramente figurará entre os da nova geração de bons times de futebol do país. Mas, fica a pergunta: e se os erros da arbitragem fossem a favor dos times dos interior? Será que se os campeões destes jogos fossem os times pequenos, o valor da conquista seria o mesmo dado aos grandes?

Em Salvador, a bela festa do Ba-Vi, outra vez pintada, no final, em tons Rubro-Negros. Mesmo assim, enquanto o Bahia volta à segunda divisão como forte candidato ao ascenso para 2006, o agora Tetracampeão baiano vai para mais um brasileirão como uma incógnita. Desse palpite, eu passo.

Em Minas Gerais sim, uma grata surpresa: Ipatinga campeão. E com todos os méritos. Encarou de igual pra igual o excelente time do Cruzeiro, em um Mineirão praticamente azul. Pena que, para times como o novo campeão mineiro, o calendário de 2005 seja tão cruel, com o início da Série C apenas em agosto. Assim, fica praticamente impossível manter um time até lá, com um período tão grande de inatividade.

Aqui em Curitiba, onde estou a serviço este mês, não se falava outra coisa a não ser o Atle-Tiba. Infelizmente, quando cheguei, não haviam mais ingressos disponíveis, e a Diretoria do Furacão acabou não liberando a transmissão para a capital. Ouvindo os gritos da torcida daqui do hotel, que é próximo à Arena da Baixada, imaginei qual teria sido o resultado final, depois confirmado via Internet: Atlético Campeão. Bom, independente do resultado, será uma noite de sono difícil aqui na cidade.

10 de abr. de 2005

Deus salvou

escrito por Raphael Perret @ 20:39 2 comentário(s)

Goleou o maior rival por irretocáveis 4 a 1, estava invicto há nove jogos, mantinha um retrospecto melhor que o do adversário seguinte, que já começa derrotando por 2 a 0 aos 5 do primeiro tempo. Clima melhor para o Fluminense não poderia haver, e o título estava bem próximo do tricolor carioca.

Estava, se o Volta Redonda tivesse entregado os pontos. Ao longo do primeiro tempo, pareceu. A equipe do interior não se lançou afobadamente ao ataque e o Flu pareceu mais próximo de fazer o terceiro nos contragolpes. Mas o Voltaço, que inicialmente sentiu o susto do rápido placar adverso, se organizou e conseguiu um golzinho perto dos 45 minutos.

Gol que injetou um gás espantoso nos jogadores do Volta Redonda. O time de Dário Lourenço atropelou o Fluminense, que durante a etapa final mal viu a cor da bola. Empáfia ou acomodação com o placar em vantagem? Um pouco dos dois. Sem nada a ver com isso, o Volta Redonda mostrou seu melhor futebol possível, com uma defesa bem segura, capitaneada pelo ótimo zagueiro Alemão, e um ataque envolvente e veloz, consciente na troca de passes, liderado pelo inacreditável Túlio. Aos 35 anos, o artilheiro corre, volta, marca a saída de bola, lança e conclui com uma vitalidade aparentemente superior àquela vista quando era mais novo. O Voltaço aproveitou a desarrumação da zaga do Flu e sapecou mais três gols com incrível e recompensada disposição.

O Fluminense não deu mostras de melhora nem quando o seu artilheiro Alex entrou. No segundo tempo os passes saíam todos errados e as conclusões, precipitadas. Parecia que o Volta Redonda ia sair mesmo com impecáveis 4 a 2, mas Tuta, que perdeu várias chances desengonçadamente, subiu como nunca e marcou um golaço de cabeça, aumentando as chances do tricolor no próximo jogo. Pelo que mostrou nos 45 minutos finais, milagroso é a palavra que define o gol arrancado pelo Flu, comemorado justamente pela torcida com o clássico "A bênção, João de Deus".

***

Desculpem o sumiço. Quebrei o braço e por ora só digito em ocasiões especiais. Como em crônicas de decisões de campeonatos. ;)

3 de abr. de 2005

De quatro

escrito por Raphael Perret @ 18:07 0 comentário(s)

Não foi nem um pouco surpreendente a grande vitória do Flu na decisão da Taça Rio. Foi o time que mais evoluiu no segundo turno do Estadual e seus jogadores são jovens e velozes. Além disso, conta com um lateral excelente (Gabriel) que tem um ímpeto ofensivo impressionante. Abel parece ter acertado a defesa e o goleiro Kléber, em ótima fase, garante a retaguarda.

Do outro lado, um Flamengo que só chegou à final graças ao regulamento específico deste campeonato, já que em 12 jogos, antes da decisão, havia vencido apenas 4 partidas. O time melhorou com a chegada de Cuca, mas nunca convenceu a torcida. Além disso, tem um ataque tão perigoso quanto uma formiga. É inaceitável que o Flamengo não encontre um atacante mediano (os que estão no clube estão abaixo disso) nas suas divisões de base ou em qualquer time da Série C. Desde o Brasileiro de 2004 o clube não consegue demonstrar um poder ofensivo que assuste alguém.

Enquanto o Fla não convenceu, o Flu já vinha mostrando um grande progresso, coroando-o com uma bela exibição hoje. E rumo ao título, já que é melhor e mais tradicional que o Volta Redonda.

***

O repórter da Globo disse que o Flu venceu o Fla por 4 a 0 pela última vez em 2002. Na na ni na não. No Estadual de 2003, dia 15 de março, segundo jogo da semifinal, o tricolor deixava o rubro-negro de quatro, gols de Ademílson (2), Alex Oliveira e Fábio Bala.

***

Cuca pode tirar uma meia hora diária pra treinar cobranças de faltas com os jogadores. Se não me engano, TODOS os tiros livres diretos foram batidos em cima da barreira. Coisa de amador.

escrito por Anônimo @ 15:31 1 comentário(s)

Impressionante mesmo foi ver que a imprensa e os torcedores comemoraram o empate com o Uruguai. Porque isso? Será que a situação está tão ruim que atualmente empate fora é praticamente uma vitória? É essa a Seleção Brasileira de tanta história e talento, ou o time da CBF?

O que ficou de saldo positivo? Lúcio, exibindo segurança e principalmente raça.
E de saldo negativo? Roberto Carlos, Ronaldinho (jogando como se fosse o melhor jogador do mundo, e não com simplicidade e alegria) e principalmente o Ronaldo.

Fosse o técnico da seleção uma pessoa séria, o Ronaldo estaria de fora até do banco. Mas como é o Parreira, que pra mim é um homem um tanto influenciável, o Ronaldo continua, até o fim. Até o fim da experiência na Copa, porque do jeito que está, não passa das oitavas de final, no máximo quartas.

Piada, do Zé Simão, dia desses na FSP: alguém sabe porque o Kaká foi substituído no jogo contra o Peru? Porque fez gol.

Pergunta: e se a seleção fosse de uma maioria de jogadores nacionais e um ou outro internacional?

2 de abr. de 2005

Entrando...

escrito por Anônimo @ 20:02 0 comentário(s)

Bom, nem é preciso dizer com que prazer estou adentrando o gramado do BlogBola.

Assim como nas quatro linhas, a idéia é jogar pelo grupo, mesmo que muitas vezes as minhas opiniões não reflitam o mesmo. Mas todos sabemos que a riqueza da vida é feita da harmonia entre as diferenças.

Bom, por enquanto, chega de filosofias: a equipe está bem preparada, estamos aqui pra somar e o objetivo é trabalhar para conquistarmos os três pontos com muito respeito ao adversário(sempre que possível), mas conscientes da qualidade da nossa equipe.

Perret, obrigado pela oportunidade. Al-Chaer, Elis e demais companheiros, saludos! E vamos nessa, entrando no gramado com o pé direito, mas sempre chutando com os dois, e dando o carrinho, sempre leal, quando necessário.

É isso. Abraços!