BlogBola

Tentando dar alguma razão à emoção do futebol

27 de mai. de 2005

Uma boa idéia no Arruda

escrito por Raphael Perret @ 10:30 2 comentário(s)

Esteve presente no Redação Sportv de hoje o ex-árbitro Waldomiro Matias, que atualmente trabalha no Santa Cruz como uma espécie de "consultor de arbitragem" para os jogadores. Ele orienta os atletas a se comportarem em campo e reforça as noções das regras do futebol.

Os resultados são muito interessantes: o último cartão vermelho que o time recebeu foi no primeiro jogo do campeonato pernambucano, em janeiro, e o Santa Cruz tem uma média de 2,5 cartões amarelos por jogo, nenhum por reclamação. Ah, e o clube foi campeão pernambucano antecipado (ganhou os dois turnos, sem necessidade de decisão) e está em segundo lugar na Série B do Brasileiro. Um belo passo rumo à profissionalização.

Ronaldo fora da Copa? Hahaha!

escrito por Raphael Perret @ 00:06 3 comentário(s)

É muita crueldade ameaçar Ronaldo de tirá-lo da Copa caso ele decida não disputar essa insípida Copa das Confederações. Alega a CBF que este será o único período em que a Seleção poderá ficar reunida durante 30 dias antes do Mundial na Alemanha, ano que vem. O jogador se defende, dizendo que, se não parar agora, não terá férias até 2007, já que ambos os torneios em questão serão disputados no recesso das competições européias.

Esse tipo de ameaça da CBF é extremamente disparatada. Primeiro, porque é insano achar que Ronaldo ficará de fora da Copa porque não participou de um torneio que só interessa à Fifa, pra fazer média com as confederações continentais. Segundo, porque o argumento de Ronaldo é perfeitamente legítimo e sensato. Terceiro, porque revela a preocupação da CBF em contar com o jogador na competição que começa dia 15 de junho, muito provavelmente por razões mais mercantis do que técnicas.

25 de mai. de 2005

Dúvida

escrito por Raphael Perret @ 13:59 2 comentário(s)

Por que os jogadores de linha têm batido menos tiros de meta do que antigamente?

23 de mai. de 2005

E se fosse no início?

escrito por Raphael Perret @ 12:54 1 comentário(s)

Suponhamos que a rodada do fim de semana tivesse sido a primeira. Os jornais teriam que tirar leite de pedra pra fazer manchetes criativas, já que poucos ou nenhum resultado foi surpreendente, pelo menos em relação aos prognósticos dos analistas às vésperas do início do campeonato.

O Santos ganhou, o Corinthians ganhou, o Cruzeiro ganhou e o Internacional ganhou. Como contraponto, Figueirense, Paysandu e três dos quatro cariocas perderam. Pra destoar do clima "sem surpresas", o favorito São Paulo foi derrotado pelo Vasco da Gama. Mas confiram o retrospecto dos confrontos das duas equipes e verifiquem que o São Paulo perder para o Vasco no Rio não é tão incomum assim.

Os resultados de ontem e anteontem mostram que o campeonato vai entrar nos eixos agora e respeitar as previsões? O Corinthians se arrumou? O Botafogo agora vai descer ladeira abaixo? O Inter volta a brigar pelo título? Sorry, mas ainda é cedo para qualquer aposta.

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O Fluminense viajou muito nas últimas rodadas, conseguiu ainda assim uma série de oito vitórias consecutivas e agora parece sentir os efeitos da maratona. Com o recesso em função das Eliminatórias e, em seguida, com o fim da Copa do Brasil, o time carioca vai se estabilizar e deve retomar a boa campanha em breve. Melhor para o tricolor, que já conseguiu bons pontos e mesmo com o mau resultado de sábado está na vice-liderança.

***

O Corinthians, queiram ou não, tem um bom elenco. A comparação com o Flamengo de 95 é incongruente. O time do passado tinha três excelentes atacantes (Romário, Sávio e Edmundo), mas o resto dos jogadores era medíocre. Não é o caso do Timão de hoje. Se as arestas forem aparadas com esmero, o Corinthians vai chegar na frente.

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No mais, o Santos está fazendo seu papel e o tropeço diante do Flamengo foi normal. O mesmo ocorreu com o São Paulo. O Cruzeiro só perdeu para o Fluminense, e nos últimos minutos. O Internacional se recuperou do mau início: venceu três seguidas e já está em sexto.

Início de campeonato é assim mesmo: as variações são muito elásticas. A seqüência fará os times se distanciarem mais e as migrações de posição vão se tornar mais raras. Em contrapartida, acumular pontos é fundamental para uma segurança maior daqui pra frente. O Botafogo, por exemplo, se dá ao luxo de ser goleado por 4 a 0 e manter a terceira posição. Imagine se ocorresse no ano passado, quando o alvinegro levou doze rodadas para conquistar a primeira vitória.

Agora, se o Botafogo jogar daqui pra frente como jogou no Serra Dourada...

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O Flamengo parece que vai preocupar a torcida menos do que se esperava. O time está jogando com garra. Porém, sem um meio-campo que consiga criar um ataque decente, o rubro-negro continuará sofrendo com a falta de gols, tal qual em 2004.

Jean, Obina e o garoto Bruno se movimentam bem. Mas a bola não chega nunca. Fellype Gabriel às vezes desaparece como oMestre dos Magos do desenho Caverna do Dragão. Jônatas e Caio não conhecem o significado de "tocar a bola", mas entendem bem o que é "prender a bola". E o próprio Jean, que abre nas pontas e recebe a bola com liberdade, corre em direção ao meio-campo e, como se não bastasse, toca a bola pra trás, com objetividade zero.

Somando todas as deficiências do time à violência do São Caetano, o resultado não poderia ser outro: 1 a 0 Azulão.

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Quando demitiu Cuca, Márcio Braga afirmou que "no Flamengo é assim, perdeu duas, rodou".

Cuidado, Celso Roth!

20 de mai. de 2005

Dois pontos

escrito por Raphael Perret @ 16:03 0 comentário(s)

Que joguinho foi aquele Palmeiras e São Paulo, hein? A monotonia tomou conta até da equipe de transmissão da Globo. Cléber Machado estava distraído quando Cicinho marcou aquele golaço, que foi a melhor coisa da partida. Pra não dizer a única coisa digna de registro da partida.

Vale a pena também reproduzir uma frase de Casagrande, durante a narração:
Pra mim, não existe esse negócio de matar a jogada. O jogador faz a falta e o time adversário continua com a bola. Não adianta nada. O bom é roubar a bola, desarmar sem falta, porque o time que rouba fica com a bola.


Simples e direto. É isso aí, Casão!

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Que jogo louco foi aquele Treze e Fluminense, hein? Gol anulado corretamente, gol marcado incorretamente, vinte cobranças de pênalti (fora as repetições), três expulsões, desrespeito às regras (o time paraibano devia descartar um jogador antes do início das cobranças e o juiz só atentou para isso quando os goleiros iam bater os seus pênaltis)... Melhor para o Fluminense, que seria injustamente eliminado da Copa do Brasil (apesar de ter jogado muito mal em Campina Grande), e para o futebol, que provavelmente sofreria com intrusões no tapetão.

Voltei

escrito por Anônimo @ 02:31 0 comentário(s)

É, sem computador um tempão, caixa postal entupida, mas agora eu estou aqui, pronto para me juntar aos companheiros da equipe do Blog Bola.

Estou muito feliz com a campanha do meu time. Esse início dá muita tranqüilidade para o resto do campeonato, o que faltou ano passado. Eu não vou entrar nessa de oba-oba, mas eu sempre disse e esse blog é testemunha, que o meu time se não era melhor, não era pior do que a média desses que estão por aí. Estou gostando, o PC está fazendo um trabalho legal. Aliás quem montou essa tabela de início de campeonato para o Botafogo certamente queria ver o clube repetir os tropeços do ano passado.

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Se o Dário Lourenço continuar experimentando tantos jogadores como vem fazendo no Vasco, vai acabar experimentando a ira do Eurico Miranda.

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Só mesmo o mais ingênuo dos repórteres achava que tudo no Corinthians ia correr bem com a terceirização do futebol do clube. Lembra o Flamengo de 95, quando Kleber Leite trazia todo mundo (sabe-se lá como) e não adiantava nada, muito pelo contrário, só piorava.

Aliás, queria entender porque o raio do iraniano é sempre entrevistado após os jogos do Corinthians. Gostaria de ser poupado daquela cena patética.

15 de mai. de 2005

Viva o futebol carioca

escrito por Raphael Perret @ 23:26 2 comentário(s)

Nas vésperas do campeonato, o must das mesas redondas era fazer prognósticos sobre o Brasileiro. O discurso era o mesmo: Corinthians, São Paulo e Santos favoritos, Cruzeiro e Inter num segundo escalão e Botafogo, Flamengo e Vasco na disputa pra não cair. Admito que eu compartilhava da maioria dessas opiniões (só achava que o Botafogo não faria papel tão feio, e incluía o Fluminense nesse segundo escalão). Mesmo a imprensa carioca era bastante crítica e não perdoava a má campanha dos grandes times no Estadual, reiterando que esperavam o pior neste Brasileiro.

Passadas quatro rodadas, pouco menos de 5% do campeonato, e temos resultados que deixam muitos dos gatos-mestres perplexos. Botafogo e Fluminense líderes com 100% de aproveitamento? Atlético-PR na lanterna com quatro derrotas? Corinthians pertinho da zona de rebaixamento? São Paulo atrás de quatro clubes, incluindo o Juventude? Que campeonato é esse?

O único parâmetro que tínhamos para prever o que aconteceria no início do torneio eram mesmo os resultados dos Estaduais, da Copa do Brasil e da Libertadores, além dos bastidores, que andaram muito agitados no Morumbi e no Parque São Jorge. Difícil crer no início cambaleante de Corinthians e São Paulo.

Acontece que, após os quatro primeiros jogos, vamos deixar de tolices: vitórias de Botafogo e Fluminense, daqui pra frente, não serão mais surpreendentes, porém esperadas. Estão com campanhas regulares, convincentes e acumulam pontos para que, no mínimo, disputem posições mais altas nas rodadas mais à frente.

E, graças à garra do Flamengo, tecnicamente inferior ao Santos, ambos podem comemorar o fato de serem os únicos 100% do Brasileiro.

***

O Fluminense comprova sua qualidade conseguindo, enfim, a liderança do campeonato, deixando o Botafogo pra trás pelo número de gols marcados. Sua campanha não é nem um pouco surpreendente pra quem acompanhou a Taça Rio. São oito vitórias seguidas de um time que demonstra regularidade na defesa, no meio-campo e no ataque. Abel, muito questionado após a vexaminosa campanha do Flamengo no Brasileiro de 2004, mostra sua competência ao arrancar de jovens jogadores o melhor que podem. Parabéns ao tricolor carioca.

E que ninguém questione a supremacia do Flu. Tem sido o melhor time do campeonato, quiçá dos últimos meses.

***

Entre Corinthians e Atlético-PR, apostaria, antes do jogo, nos paulistas. Times que entram em campo com técnico novo costumam dar o máximo de si. E se considerarmos que o Timão tem um elenco superior ao do Furacão, a vitória corintiana seria esperada, mesmo sendo na Arena da Baixada (aliás, não foi lá que o Atlético tomou de 4 do Independiente de Medellín?).

Não deu outra. O Atlético amarga a lanterna do campeonato, com quatro derrotas. Sem reforços, o Furacão não parece ter de onde tirar para sonhar alto no Brasileiro. O time está muito fraco.

***

O Vasco tem um bom ataque. Alex Dias (que golaço!) e Romário, com Marco Brito na reserva, assustam os adversários.

Mas com uma defesa horrorosa e um meio-campo inofensivo, não há time que avance em campeonatos. Continuando assim, o clube de São Januário ainda vai sofrer muitos outros 4 a 1.

***

Nesta semana não acompanhei muito a rodada do Brasileiro. Espero que seja diferente na próxima. Como ela será?

Sábado
Juventude x Paysandu
Paraná x Ponte Preta
Fortaleza x Brasiliense
Fluminense x Coritiba
Goiás x Botafogo

Domingo
Santos x Atlético-MG
São Caetano x Flamengo
Vasco x São Paulo
Cruzeiro x Palmeiras
Corinthians x Figueirense
Atlético-PR x Internacional

Muitos clássicos na próxima rodada. O Vasco recebe o tricolor paulista em São Januário, oq ue já deixa os cruzmaltinos de cabelo em pé: nos últimos sete jogos, três derrotas, duas delas no próprio estádio. Dependendo do resultado no clássico da Libertadores na quarta-feira, o São Paulo pode arrancar uma vitória no Rio. O Cruzeiro quer confirmar o poderio diante de um Palmeiras esquisito, que jogou mal contra o Cerro, perdeu em casa para o insípido Paraná Clube e tem uma partida cáustica contra o tricolor durante a semana. E o Santos precisa vencer o Galo se não quiser ficar atrás da liderança.

Por falar em liderança, o Fluminense deve ter um jogo razoavelmente tranqüilo contra o Coritiba. Mas o Botafogo precisa se cuidar diante do Goiás, sempre perigoso no Serra Dourada. E o Juventude, quarto colocado, deve se dar bem diante do Paysandu, que só conseguiu vencer na quarta rodada.

E o Corinthians, vai se vingar do Figueirense?

Questões

escrito por - Elis - @ 22:49 0 comentário(s)

Estas primeira vitória do Corinthians sob a batuta do técnico interino, logo após a saída de Passarella, cheira a conspiraçâo. Custo a acreditar, mas se o time é o mesmo, como explicar o descaso dos pênaltis perdidos contra o Figueirense e a apatia diante dos 5 gols sofridos para o São Paulo?

- - -
E o Barcelona é campeão. Quem sabe o Real Madrid, para mim o verdadeiro galáctico, consegue o título em 2006 e detém o melhor do mundo, Robinho?

Piadinha da hora

escrito por AL-Chaer @ 14:54 0 comentário(s)

Esta quem me contou foi o Janes Cleiton, que torce para o Corinthians. Se ele recebeu pela Internet, pode ser que não seja novidade para muitos. Mesmo assim, vou repassar:

O investidor da MSI, que atua no ramo
de Lavanderia, ampliará seus negócios no Brasil, entrando também no ramo de
Concessionárias de Veículos: 1 Kia, 11 Bestas e 5 Gols (gentilmente cedidos pelo
São Paulo)...

AL-Bra©os
AL-©haer

11 de mai. de 2005

Influências no Timão

escrito por Raphael Perret @ 15:53 4 comentário(s)

Queria evitar falar do Corinthians, mas o seguinte trecho de matéria do Lance! me espantou:
Para convencer Kia Joorabchian, presidente do MSI, a afastar o argentino [Daniel Passarella], no entanto, a diretoria teve a ajuda do presidente da FPF [Federação Paulista de Futebol], Marco Polo Del Nero; do diretor da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto; e do secretário-geral da CBF, Marco Antônio Teixeira, que fizeram o iraniano entender que não havia outra alternativa senão afastar Passarella.
Não sabia que uma questão interna do Corinthians fosse tão importante assim para o futebol brasileiro. Imagine se a Federação Paulista, a Globo e a CBF resolvessem intervir em qualquer outro clube que ameaçasse demitir seu técnico.

A pólvora foi descoberta

escrito por Raphael Perret @ 10:19 0 comentário(s)

Matéria do Globo de hoje informa que jogos no Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, no Rio, podem causar caos no trânsito. Por sorte, a única partida realizada lá foi com portões fechados. Mas domingo tem Flamengo x Santos, que pode atrair um público razoável (afinal, trata-se da maior torcida do Rio e o adversário tem um craque capaz de encher estádio).

É óbvio que pode ocorrer confusão. A Ilha do Governador é uma ilha (dã). E só existe UM acesso a ela. Sim, UM.

Mas será que ninguém havia cogitado essa hipótese de caos no trânsito diante de tamanho indício?

***

Porém, uma boa notícia. Com uns oito anos de atraso, o Flamengo resolveu começar a vender os ingressos pro jogo de domingo pela internet! É brilhante pela iniciativa, mas gostaria de entender por que só agora, quando cinemas, teatros, boates e shows já adotam essa prática há muito tempo.

Alguém sabe se já é comum a venda de ingressos pela internet fora do Rio de Janeiro?

10 de mai. de 2005

Deus é rubro-negro

escrito por Raphael Perret @ 23:50 2 comentário(s)

E torcedor do Atlético-PR. Precisando apenas de um empate na Arena da Baixada para se classificar para as oitavas da Libertadores, o Furacão conseguiu a proeza de ser goleado por 4 a 0 pelo Independiente de Medellín, com todos os gols marcados no segundo tempo.

Em caso de derrota, a classificação só seria possível se o América de Cali, que havia conseguido três vitórias nos três primeiros jogos do torneio, perdesse para o Libertad, já eliminado, em Cali.

E não é que o Libertad ganhou de 1 a 0 do América, sacramentando a passagem do Atlético para a segunda fase?

Com o fraquíssimo retrospecto do Furacão nos quatro últimos jogos (foi derrotado em todos), os atleticanos só podem mesmo torcer pedindo muita ajuda a Deus, que acabou de mostrar ser amigo do clube paranaense.

Vamos mudar de assunto?

escrito por Raphael Perret @ 14:38 1 comentário(s)

Pronto, Passarela foi demitido, êêêêê. Vamos falar dos outros times, agora? Ou ainda há quem agüente comentar esse tema?

***

Juca Kfouri, no CBN Esporte Clube de ontem, disse que pouquíssimos veículos deram destaque à goleada do São Paulo sobre o Corinthians, enquanto a maioria considerou que o Corinthians foi goleado, minimizando os méritos do time do Morumbi.

O BlogBola se orgulha de ter sido um desses pouquíssimos veículos. :-)

Surpresas

escrito por AL-Chaer @ 02:31 0 comentário(s)

AL-©haer

Tudo bem que estamos apenas no início do Brasileirão. Sabemos que as três primeiras rodadas podem não dizer nada, por enquanto. Mas já temos surpresas.

A mais surpreendente (senão não seria surpresa) delas são as três vitórias do Botafogo 100% Glorioso. Uma vitória fora de casa contra um dos apontados favoritos (antes de se iniciar a competição) – Inter – e duas vitórias, em casa, contra o outro favorito (?!) “El Coringón” (Mi Buenos Aires Querida...) e contra o vASCO. Um belo início de campeonato para uma equipe que, no ano passado, livrou-se do rebaixamento na última rodada. O que há de novidade neste time do Botafogo? Seria o artilheiro Alex Alves? Seria o PC Gusmão e seu PC (desculpem o trocadilho necessário)? Ou seria o Túlio Guerreiro (Ex-Goiás)? Pode ser que PC Gusmão tenha em mãos o time adequado para realizar um bom trabalho. Outro dia acompanhei uma matéria em que – no intervalo – são passadas em “tape” algumas jogadas (todas elas gravadas por três câmaras simultâneas), que o técnico PC Gusmão utiliza para ilustrar as orientações de acerto de marcação e possibilidade de jogadas. Muito interessante, utilizar-se da tecnologia a seu favor. Acredito nisto. Facilita a comunicação e o entendimento. Imagem é tudo. Pode ser que o Alex Alves mantenha o desempenho do início do campeonato, mesmo que seja marcando gols de pênalti, afinal, gol vale de tudo quanto é jeito. O importante é marcar. Mas, gostaria de salientar que o Túlio Guerreiro não é uma surpresa. Pode ser para aqueles que insistem em acompanhar o Futebol Brasileiro “de costas para o Brasil”. Túlio Guerreiro jogou 10 anos pelo Goiás, com uma regularidade impressionante (comparada às de Uidemar e Josué) e, o que vejo Túlio jogar hoje não é nada diferente do que acompanhei aqui no Goiás. Numa entrevista para um programa esportivo de TV, um internauta escreve “pedindo Túlio na Seleção”. É até engraçado. Túlio fez questão de salientar que já jogava o que está jogando hoje, contudo, como era no Goiás, passava despercebido da mídia do eixo Rio-São Paulo. Mudando de atleta, mas ainda no mesmo tema, caro leitor apaixonado, você acha que Josué e Grafite jogam “mais” no São Paulo, do que jogavam no Goiás? Para refletir...

Voltando às surpresas, as negativas ficam por conta de Atlético-PR e Corinthians. O atual Vice-Campeão ainda não pontuou nesta edição do Brasileirão, contudo ninguém aposta que o Atlético-PR irá se rebaixar para a Série B. Concorda? No entanto, quem aposta na harmonia deste “tango do pária doido” que toca lá pelas bandas do desafinado bandoneon del “Coringón”?

Ou será que o Astor Piazolla virá comandar a bateria da "Gaviões" no Carnaval de 2006?


AL-Bra©os

9 de mai. de 2005

Sem meio-campo

escrito por Raphael Perret @ 00:29 3 comentário(s)

No único contra-ataque realmente veloz do Flamengo, Obina traz a bola e tem à frente um zagueiro e dois colegas, um de cada lado. Não se sabe se ele tentou tocar pra um deles ou se adiantou demais. Só se sabe que a bola parou nos pés de Élder Granja, que atravessou todo o campo sem muito trabalho, lançou o clone de Taffarel, Gustavo, que dominou e fez um belo gol da entrada da área.

Está resumido acima o único lance interessante do jogo entre Flamengo e Internacional. Se você perdeu a partida, jogue suas mãos para o céu. Sofridos aqueles que trocaram o dia das mães pela pobreza que foi o evento realizado no Beira-Rio na tarde deste domingo.

Os gaúchos dominaram territorialmente, mas sentiram falta de Fernandão e finalizaram pouco. Já os cariocas... Bem, durante a semana ouvi que, nos treinos, houve jogadas ríspidas, marcação dura, etc. No jogo, o time entrou até compacto na defesa e dificultando a ação do Colorado. Entretanto, não vi marcação alguma. Dura, então, só a partida mesmo, que foi dura de ver. A bola sobrava para o Flamengo somente nos passes errados do Internacional. E, mesmo assim, a bola nos pés era um problema para alguns jogadores. Jônatas, por exemplo, não sabia o que fazer com ela. Em geral, ele, tonto, seguia em frente e deixava ela pra trás.

A defesa continua com os chutões a esmo. É uma tática simples, mas ineficiente, pois a bola sempre chega em vantagem para os adversários. E, pasmem, consegue ser a melhor forma para a bola chegar ao ataque. O meio-campo do Flamengo deixou de ser indigente. É inexistente, mesmo. Os volantes e os zagueiros ficam dentro da área e os atacantes permanecem no campo adversário. Assim, a bola nunca chega à frente em boas condições e criar uma chance de gol só mesmo com muito tempo de jogo. Os rubro-negros deram seu primeiro chute aos 38 minutos do segundo tempo.

Enquanto o Flamengo (não) tiver um meio-campo como esse que entrou em campo hoje, vai ser difícil articular uma jogada e fazer um mísero gol. Só mesmo em lances de bola parada. Aliás, como foram os dois gols do time no campeonato agora.

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José Roberto Wright considerou que o juiz Paulo César de Oliveira se equivocou nos seus critérios, ao expulsar Júnior, do Flamengo, por duas faltas, enquanto o jogador Edinho, do Inter, distribuiu pontapés e puxou camisas e somente muito tempo depois recebeu o cartão amarelo.

Isso só ratifica minha opinião já manifesta sobre o atleta colorado.

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Grande estréia de Paulo Autuori pelo São Paulo. Independente do contexto em que foi realizado o clássico, golear o Corinthians por 5 a 1 em seu primeiro jogo é prenúncio de bons tempos.

Autuori é um dos melhores técnicos do Brasil. Apesar da linguagem rebuscada, consegue criar um espírito de equipe nos times que dirige e alça grandes vôos com elencos limitados. Foi assim que ele conquistou um Brasileiro pelo Botafogo (1995) e uma Libertadores pelo Cruzeiro (1997, mesmo ano em que levou um medíocre Flamengo às semifinais do campeonato nacional).

O São Paulo começou mal o Brasileiro, mas prefiro acreditar que tenha sido graças ao trauma pós-Leão. O time é bom. Um comandante competente pode devolver a pecha de favorito ao tricolor. E Autuori começou bem este processo.

***

O Santos jogou pouco, mas muito pouco. O suficiente para derrotar o Atlético-PR na Vila Belmiro por 2 a 1, no sábado. O Furacão não é nem 40% do time envolvente, veloz e forte que dominou boa parte do Brasileiro de 2004. O deste ano, aliás, não tem nada de furacão. É lento e frágil. Jogou desfalcado, é verdade, mas a amostra de sábado não dá nenhuma segurança aos seus torcedores, que ainda esperam algum sucesso não só neste campeonato como também na Libertadores.

Importante observar que o Santos, mesmo sem alguns titulares, consegue ser regular o tempo todo. É o time mais seguro do Brasil, no momento.

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Acabo de ver, ao vivo, o gol que o atacante Giovani perdeu debaixo da trave no jogo entre Brasiliense e Atlético Mineiro, no Mineirão. Era melhor aproveitar a linha de fundo e sair de fininho...

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Três rodadas, três vitórias, incluindo um jogo fora de casa e um clássico na casa do adversário. O Botafogo continua surpreendendo.

Ou será que, a essa altura, vitórias alvinegras ainda surpreendem? Sejamos justos: PC Gusmão está fazendo um ótimo trabalho numa equipe que saiu do Estadual e da Copa do Brasil com o orgulho ferido.

E palmas também para a diretoria pela contratação de Nilton Santos como consultor. Mesclar juventude com experiência, mesmo fora de campo, é fundamental para o sucesso. Golaço do Botafogo.

***

Não acompanhei direito os jogos das 18 horas. Registros tímidos: a ótima campanha do Fluminense, com sua terceira vitória em três jogos, curiosamente a terceira por 2 a 1 (mas parece que foi apertada e difícil, tanto quanto a última, sobre o Paysandu, em Belém); o esquisitíssimo gol contra que favoreceu o Brasiliense diante do Galo (jogos entre os dois times estão se tornando folclóricos); e o come-quieto São Caetano, invicto e que venceu a primeira.

5 de mai. de 2005

Pênalti duvidoso

escrito por Raphael Perret @ 23:59 2 comentário(s)

O Inter foi desclassificado da Copa do Brasil na cobrança de pênaltis pelo Paulista de Jundiaí. Perdigão chutou, a bola bateu no travessão e quicou dentro do gol, mas o juiz achou que foi fora e o time de São Paulo passou às quartas-de-final.

Num caso desses não seria melhor mandar cobrar o pênalti de novo?

Ecos da Copa do Brasil

escrito por Raphael Perret @ 14:13 6 comentário(s)

Uma das coisas mais inexplicáveis para mim, quando garoto, foi a queda do Grêmio para a Segunda Divisão, em 1991. Nada me justificava o descenso de um dos times mais tradicionais do país. Entretanto, era fato. Começava uma nova era no futebol brasileiro, na qual a camisa deixou de ser motivo para impedir o rebaixamento de um clube.

O breve período na Segunda Divisão fez um bem danado ao Grêmio. Vide as conseqüências: o time retornou à elite do futebol em 1993 (numa artimanha da CBF, mas isso não vem ao caso) e, desde então, tornou-se um dos mais poderosos clubes do Brasil nos anos 90 e início do século XXI. Não à toa ganhou três Copas do Brasil, tornando-se o primeiro tetracampeão do torneio, um Brasileiro e uma Libertadores. Além disso, lançou para o país o técnico Luís Felipe Scolari e o craque Ronaldinho Gaúcho e estabeleceu o chamado estilo gaúcho de jogar: muita raça, muita força, marcação dura (e, não raro, desleal) e um futebol vencedor.

Mas como a vida é repleta de ciclos, muitos erros foram cometidos nos últimos anos. A conseqüência foi a pífia campanha do Grêmio no Brasileiro do ano passado, culminando com mais um rebaixamento para a Série B. A diferença para treze anos atrás é que o time gaúcho não parece estar pronto para voltar à Primeira Divisão.

O Fluminense ontem jogou mal e mesmo assim ganhou de 1 a 0 do Grêmio. Méritos pro tricolor carioca. Porém, difícil não perceber como o elenco gremista é inseguro e fraco, fraco. Com apenas duas vagas para a classificação para a Série A, levar o Grêmio adiante será uma tarefa complicada. Resta à torcida comparecer aos estádios e incentivar o seu querido e grande clube. O que ela fez sempre, é verdade, conforme canta o belíssimo hino tricolor: "Até a pé nós iremos/Para o que der e vier/Mas é certo que nós estaremos/Com o Grêmio onde o Grêmio estiver".

***

O Corinthians se classificou para as oitavas-de-final da Copa do Brasil com uma goleada histórica sobre o Cianorte, quando entrou em campo precisando vencer por quatro gols de diferença e conseguiu, com o apoio de sua insaciável torcida. Nesse tipo de momento difícil, em que uma conquista parece impossível, os torcedores superam qualquer obstáculo e vão, sim, apoiar o time, mesmo que este tenha lhes pregado a peça num momento anterior (no caso, a derrota de 3 a 0 pros paranaenses em Maringá).

Ontem, em Florianópolis, a situação estava invertida. Após duas derrotas no Brasileiro e uma na Copa do Brasil diante do próprio Corinthians, o Figueirense precisava de uma - admito que achei - improvável vitória por 3 gols de diferença. E, mesmo com um retrospecto infeliz, os catarinenses foram ao Orlando Scarpelli incentivar o time, que jogou como nunca (foi o que pareceu pelos melhores momentos) e conseguiu, pelo menos, os 2 a 0 de que precisava para ir aos pênaltis.

E, sinceramente, a decisão dos pênaltis em geral favorece o time que está com o moral alto. E quem estava com o moral alto naquele momento: o Figueirense, que se superou e meteu dois gols num time tecnicamente melhor, ou o Corinthians, muito questionado na última semana, repleto de mudanças e descrente da virada da equipe do sul?

Não deu outra: os corintianos foram incompetentes nas cobranças e coube ao veterano Cléber eliminar o time que, até ontem, era o favoritíssimo ao título da Copa do Brasil de 2005, segundo a maioria dos analistas esportivos.

***

E o Fluminense agradece às suas crias Carlos Alberto e Roger a imensa ajuda que ambos deram para eliminar o favoritíssimo.

Aliás, nenhuma palavra resume melhor a cobrança de Roger: displicente. Não é possível que ele não tenha chutado aquela bola de propósito. Foi o pênalti mais mal batido que já vi em toda a minha vida.

***

É verdade que ninguém esperava tantos tropeços do Corinthians nesse início de Brasileiro. É verdade que elencos com estrelas não trazem tão boas lembranças aos seus torcedores e era prudente ficar com o pé atrás com o time. Mas quando o presidente da empresa "parceira" do clube dá entrevistas depois dos jogos analisando as partidas é porque alguma coisa está muito errada no Parque São Jorge.

2 de mai. de 2005

A surpresa carioca e o naufrágio dos favoritos

escrito por Raphael Perret @ 11:40 2 comentário(s)

Fácil, fácil, detectar a presença de Celso Roth no banco de reservas do Flamengo. Zaga que não brinca em serviço, marcação fortíssima, muitas faltas e 1 a 0 no placar. Sim, o "estilo gaúcho" foi definitivamente implantado no clube da Gávea.

O Flamengo contou com muita sorte ao fazer um gol logo no início do jogo. Depois, foi "só" se defender. "Só" mesmo, porque o time do Figueirense é o mais fraco que o clube catarinense já trouxe pra disputar a Série A do Brasileiro desde quando a ela ascendeu, em 2002. E os rubro-negros, verdade seja dita, seguraram o resultado com competência. Os zagueiros e o volante Fabiano tiveram boas atuações. Mas foi triste ver os jogadores fazerem tantas faltas, usando-as como primeiro recurso na tentativa de roubar a bola. Quebrou-se a tradição do Flamengo de ser um time que comete poucas faltas.

A defesa rubro-negra abusou dos chutões. Mostrou que não quer saber de brincadeira. Em compensação, com tanto tiro de canhão vindo de trás, Obina (incansável, como corre o garoto) e Fabiano Oliveira tiveram que se desdobrar pra organizar alguma coisa. O meio-campo do Flamengo foi indigente, sem nenhum poder de criatividade.

A primeira vitória foi ótima por ter vindo logo na segunda rodada, evitando o desgaste, e fora de casa, dando moral aos jogadores. Porém, que os torcedores não se iludam, porque há muito, mas muito mesmo, o que melhorar. O maior avanço, até agora, foi a aplicação dos atletas, demonstrada pela força de marcação e conseqüente vontade de defender o Flamengo. Já é alguma coisa.

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O Fluminense não precisou de muito esforço para vencer o Paysandu no Mangueirão, apesar dos dois gols terem sido de pênalti. O time carioca dominou boa parte do primeiro tempo, mas cedeu espaço depois de fazer 1 a 0. Os paraenses empataram com o oportunista Róbson. Veio o segundo tempo e, após a expulsão de dois jogadores de cada lado, o Fluminense jogou o básico para fazer o gol da vitória. Os jogadores do Paysandu reclamaram impedimento no lance que originou o pênalti, mas não foi um erro grave porque, embora a bola tenha ido na direção de Diego, que voltava da posição irregular, ele não participou do lance.

A decisão do juiz e do bandeirinha foi importante, pois premiou o time do Fluminense, superior ao fraco elenco do Paysandu, que até chega perto do gol, mas não sabe chutar.

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Duas vitórias sobre Inter e Corinthians, dois favoritos, não podem ser tão enganadoras. PC Gusmão está acertando o time do Botafogo, a maior surpresa do campeonato, e começa a encher a torcida de esperança por uma campanha digna do alvinegro carioca.

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Por falar em Corinthians, esperava-se muito mais do estelar time paulista. Empatar com o Juventude e perder de 3 a 1 pro Botafogo no Rio não eram resultados esperados por nenhum corintiano. Estariam os problemas de relacionamento interferindo no desempenho dos jogadores? Tévez & cia. ainda podem se recuperar tranqüilamente, mas imagino como não estão sendo as cobranças no Parque São Jorge...

Já o tricolor do Morumbi, que também entrou no campeonato com alguma banca, parece ter sentido muito a saída de Leão. Contra o Paraná, jogou tenso e desorganizado, sem ameaçar o adversário até tomar o gol. Foi tomado por um desequilíbrio que culminou com a perda (bisonha) do pênalti por Luizão, mas corrigido com o empate consagrado por Lugano.

E se alguém esperava que na terceira rodada haveria um confronto de líderes, teremos um São Paulo x Corinthians emocionante, mas com outro epíteto, com o perdão do clichê: o clássico dos desesperados.

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O Atlético-PR e o Inter também devem estar batendo cabeça. Mesmo no eixo Rio-São Paulo foram considerados favoritos e, até agora, não conquistaram nenhum pontinho. Os gaúchos ao menos pegaram o Cruzeiro, outro bambambã, no Mineirão. Num campeonato longo, duas rodadas ainda são muito pouco, mas o suficiente para gerar instabilidade e cobranças.

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E os cariocas estão invictos!

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Sério: esses bons resultados me surpreendem. No Brasileiro do ano passado, quando, no início, ninguém acreditava muito no rebaixamento dos cariocas, os times do Rio só foram vencer na quarta rodada, e mesmo assim num clássico regional (Flu 1 a 0 no Vasco). Em 2005, quando a imprensa e torcedores cariocas afirmam que muitos dos clubes daqui correm risco de cair, temos duas rodadas, cinco vitórias e três empates.

Do Fluminense já esperava uma boa campanha. O Botafogo, a meu ver, não brigaria pelo título mas também não devia fazer jogos ruins. Meu medo envolvia mesmo Flamengo e Vasco. O rubro-negro pelo menos já conquistou três pontos e tirou o fardo da busca pela primeira vitória. Os cruzmaltinos é que ainda estão devendo muito e não conseguem dar um fiapo de esperança aos torcedores.

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Ninguém pode estar gostando dos jogos sem público. Nem torcida, nem imprensa, nem jogadores, nem técnico. Talvez os policiais, que têm menos trabalho e podem até ver a partida.

Segundo o STJD, a punição anterior, que forçava o time mandante a jogar a mais de 150 km de sua cidade, não adiantava nada porque a torcida comparecia, principalmente no caso de times populares. Com os portões fechados, o clube punido não ganha renda.

Entretanto, há muito tempo leio que os clubes não consideram a renda dos jogos como sua principal receita. Eles recebem mais dinheiro das verbas publicitárias e televisivas. Logo, essa nova forma de punição também não resulta em penalização.

É preciso buscar outra solução. Inversão do mando de campo? Perda de pontos? Realização do jogo em um estado diferente? Propostas são bem-vindas.

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E a terceira rodada, dias 7 e 8, como é que vai ser?

Sábado
Paraná x Juventude
Goiás x Figueirense
Santos x Atlético-PR
Ponte Preta x Paysandu

Domingo
Internacional x Flamengo
Vasco x Botafogo
Coritiba x Palmeiras
Corinthians x São Paulo
Fluminense x Cruzeiro
São Caetano x Fortaleza
Atlético-MG x Brasiliense

Muitos jogos interessantes. O atual campeão e o atual vice se enfrentam em situações extremamente opostas: um está 100%, outro está 0%. Ambos são considerados favoritos para o título, embora eu considere que o Furacão tenha perdido o encanto.

O Inter, precisando vencer de qualquer maneira, recebe o Flamengo. Escaldado depois da derrota para o Botafogo, não quer ser surpreendido por outro time carioca. Por outro lado, os rubro-negros mal afastaram o tabu de não conseguir vencer no sul do país e já encaram outro chumbo do grosso em Porto Alegre. Mas, de futebol de Porto Alegre, Celso Roth entende.

Repetindo, Corinthians e São Paulo se enfrentam precisando vencer para convencer. Um clássico de responsa.

O Fluminense quer se manter na liderança contra o bom time do Cruzeiro que, por sua vez, deseja confirmar o favoritismo que lhe impingiram alguns analistas.

E o Botafogo, determinará a primeira derrota de um carioca? O Vasco que se cuide: mesmo em São Januário, o adversário virá com tudo.