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Tentando dar alguma razão à emoção do futebol

9 de jun. de 2008

Pela seriedade nas reclamações contra as arbitragens

escrito por Raphael Perret @ 12:40

Ontem acabou a quinta rodada do Brasileiro, ainda faltam 340 jogos e profetas apocalípticos revelam as conspirações, tramóias e complôs que, curiosamente, afetam apenas seus times, com motivações obscuras e que nem mesmo os perseguidos sabem explicar.

A falta que originou o gol do Cruzeiro, na vitória sobre o Vasco, acendeu a ira dos cruzmaltinos, que falam em protestos na porta da CBF e "denunciam" uma tabela arquitetada pró-Flamengo. Como se o Vasco nunca tivesse se beneficiado de uma seqüência de jogos favorável. Quando teve dezenas de pênaltis a favor no Estadual, ninguém de São Januário se queixou.

Este foi apenas um exemplo: a cada rodada, todo time, mesmo que tenha vencido de 10 a 0 o adversário, reclama da arbitragem, afirma que os roubos são evidentes e mascara seus defeitos atrás das falhas dos juízes.

Tenho uma opinião tranqüila sobre arbitragem: ela pode influenciar um jogo, mas não é o fator determinante de um placar. O apito de um pênalti, a anulação de um gol, a marcação de um impedimento, de várias formas o juiz pode atrair holofotes e tornar-se o personagem central de um jogo. Porém, será ele capaz de ser o responsável pelo resultado final? Será que o time prejudicado criou apenas a oportunidade em que sofreu a má interpretação do árbitro? Será que o juiz falhou em todos os lances que poderiam originar ou evitar um gol?

Além disso, as arbitragens são mesmo fracas. Vemos juízes despreparados fisicamente, que se intimidam com a torcida do time anfitrião e se acovardam diante de jogadores destemperados. Os erros acontecem para todos os times, e é claro que um sofrerá mais com isso. Se existisse complô, haveria contra 100% das agremiações, e ganharia quem pagasse mais.

A solução para as arbitragens ruins do futebol brasileiro passa por renovação e treinamento. O profissionalismo é uma bandeira antiga, mas que ninguém quer assumir (quem vai bancar?). Por enquanto, resta cobrar. Sim, cobrar dos árbitros, apontar mesmo os erros e falhas. Entretanto, sem chororô ou complexo de inferioridade. Senão, as reclamações, justas, viram galhofa e folclore.

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