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Tentando dar alguma razão à emoção do futebol

4 de jun. de 2008

Troféu com tinta tricolor

escrito por Raphael Perret @ 23:54

Fluminense 3 x 1 Boca Juniors, Maracanã, segundo jogo da semifinal da Libertadores 2008, 04/06/2008


Quando Cícero começou a pedalar antes dos cinco do primeiro tempo, pensei: "Hummmmm, isso não vai dar certo". E não deu. O Boca Juniors dominou os 45 minutos iniciais e parte da segunda etapa, até fazer o primeiro gol com Palermo.

O Flu jogava mal, sem articular nada, e com um meio-campo entregue à marcação argentina. Até que apareceram os dois personagens que conduziram o Fluminense à decisão da Libertadores.

1) O jogador decisivo. Washington carregava a pecha de bom finalizador e artilheiro, porém omisso nas decisões. Foi assim com o Atlético-PR no Brasileiro de 2004, foi assim no próprio Flu nas semifinais dos turnos do Estadual. Porém, na Libertadores, mostrou estrela, força, coragem e... poder de decisão. Marcou dois gols contra o São Paulo e um golaço de falta contra o Boca, pouco depois do tricolor sofrer o gol. Dodô, também acusado de fugir da hora H, deixou sua marca importantíssima na quarta-de-final e na semifinal. O Fluminense prova que contratou certo para o ataque.

2) Sorte. Ou você acha que, sem ela, aquela bola metida por Conca e desviada por Ibarra entraria no gol? Ou você acha que, desprezando a sorte, o Fluminense empataria (tanto em Avellaneda quanto no Rio) logo depois de sofrer os gols do Boca? Ter sorte, no futebol, não é demérito nenhum. É um privilégio. É muito bom o time ter habilidade, competência... e sorte.

Enfim, 2 a 1 para o time brasileiro. Mas um gol argentino levaria a decisão pros pênaltis. Impressionante esse Boca Juniors: o time não se afoba, não corre e continua jogando como se a partida tivesse acabado de começar. Foi assim que chegou diversas vezes perto do empate, mesmo diante de uma poderosa retranca tricolor. E foi assim que o Boca Juniors consagrou Fernando Henrique e transformou-o, nesta noite, em um dos melhores goleiros do Brasil. Atuação soberba.

O tempo passou, o Boca não fez seu gol e, enfim, começou a se desesperar. Nisso, o Flu se aproveitou e fez 3 a 1, assim como poderia ter feito outros em seguidas bobagens da defesa boquense.

A atuação tricolor não foi magnífica. Mas a rapidez do time em reverter a vantagem, a sorte, sempre presente, a resistência feroz às investidas do Boca Juniors e a sensacional festa da torcida tornaram o jogo de hoje inesquecível.

Agora, o Flu aguarda o dia 25 de junho pra desafiar a LDU na grande final da Libertadores de 2008, em Quito. Exatamente onde tudo começou.

***

Melhor campanha, melhor defesa, maior goleada (e melhor atuação, indiscutivelmente), classificações épicas sobre monstros sul-americanos como São Paulo e Boca Juniors, final no Maracanã...

Vamos falar sério? Essa Libertadores está muito branca, verde e grená.

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2 Comentários:

Em 01:20, Blogger Daniel F. Silva falou...

Tá, mesmo. Será uma grande surpresa se o final for diferente do que estamos pensando.

 
Em 18:38, Blogger Luã Marinatto falou...

Pois é, vai dar Flu... Fazer o q, né?

Dá uma passada lá no nosso blog dps: www.republicadabola.blogspot.com

Abraço!

 

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