BlogBola

Tentando dar alguma razão à emoção do futebol

24 de out. de 2005

Líquido e certo

escrito por Raphael Perret @ 11:20 5 comentário(s)

Flamengo traz Joel Santana. Nos últimos anos, eu tinha certeza de que isso não ia ocorrer. Desta vez, não há mais dúvidas. É Série B em 2006.

19 de out. de 2005

Futebol e vida

escrito por Raphael Perret @ 17:13 1 comentário(s)

Torcedores de Vasco e Flamengo se provocam pelo Orkut e prometem briga no clássico de São Januário. Deve ser muita falta do que fazer marcar um duelo com alguém por causa de futebol. Assim como só um ócio ilimitado explica a presença de torcedores do Botafogo no treino de segunda-feira à tarde (!) para "exigir explicações" do técnico. E alguns parafusos a menos na cabeça talvez justifiquem a selvageria que, em menos de 24 horas, matou três torcedores em São Paulo.

Olha, eu adoro futebol. Sou capaz de ver jogo entre dois times da Segunda Divisão na primeira rodada. Gosto de discutir o esporte, de ler os colunistas, de acompanhar as notícias do meu clube. Mas daí a colocar o futebol como o maior objetivo da vida vai uma distância imensurável. O que se ganha em levar às extremas conseqüências o amor pelo Flamengo ou por qualquer outro time? Ele perder de 6 a 1 do São Paulo no Rio ou ganhar o título brasileiro pela quinta vez não desemprega ninguém, não me faz perder a namorada de ninguém, não tira a vaga na faculdade de ninguém, não influencia em nada a vida particular de ninguém. Por que, então, as pessoas levam o futebol tão a sério? Por que exacerbam a paixão clubística de forma a transformá-la em ódio?

Preocupante é saber que os usuários de internet, no Brasil, são em sua maioria mais instruídos e que uma parcela deles planeja transformar a cidade em campo de batalha por causa dessa meleca chamada futebol. Bem, são também os instruídos que dão mais votos ao "Não" no referendo de domingo. Às vezes, essas novidades param de surpreender e se tornam bem coerentes.

***

Leio que Márcio Braga convidou os ex-presidentes Kleber Leite e Hélio Ferraz a ajudá-lo na recuperação do Flamengo no Brasileiro.

Os dois devem ter muito a contribuir mesmo. Kléber Leite foi presidente do rubro-negro entre 1995 e 1998. Ganhou um Campeonato Estadual, em 96, mas é lembrado mais como o dirigente que repatriou Romário e negociou 100 jogadores em um ano. Hélio Ferraz substituiu Edmundo Santos Silva, que sofreu impeachment, e presidiu o Fla entre 2002 e 2003. Não se registra nenhuma conquista importante sob sua gestão.

15 de out. de 2005

Relato do torcedor indignado

escrito por Anônimo @ 23:03 0 comentário(s)

Como pode não vencer o São Paulo em casa, entrar para empatar com o Figueira e ter o jogo na mão e não ter acertado o pé pra ganhar do Cruzeiro?

COMO PODE UM TIME GANHANDO DE 2X1 E COM UM JOGADOR A MAIS PERMITIR A VIRADA DO FLUMINENSE QUE NÃO ESTAVA JOGANDO NADA!!

Eu dizia ano passado que Schwenk no ataque era ataque de nervos. Esse ano eu digo que Alex Alves, Reinaldo e cia são piores ainda. Em vez dos técnicos que passaram estabelecerem de uma vez qual é a dupla e treiná-la decentemente, preferiram fazer um rodízio patético, que só serviu pra ver que nenhum está com nada.
Dessa vez, o ataque até fez gols, mas a defesa irregular e inconstante permitiu que o time tomasse os gols derradeiros.

O Ramon foi afastado. Não concordo. Não venham me dizer que o que ele fez foi errado porque não admito poderes absolutos para o técnico, ele tinha todo o direito de não querer entrar naquela situação. É estranho, mas para mim é isso. Rifar o cara do time sem motivo e depois pedir para que ele jogue cinco minutos é deboche, só pode ser!! Menos um jogador na reta final do campeonato e o pior é que a decisão foi do Bebeto. Acho que a diretoria do clube do time não almeja nada mesmo. Quero saber se quando o Roth sair, o Ramon volta.

Por mim o Roth ia embora hoje, deixa o Acácio até o fim. A contratação dele foi equivocada não por sua (in)competência, mas pela falta de afirmação dele esse ano. Como ia ser exitoso o cara que esnobou o próprio Botafogo, deixou o Flamengo lá embaixo e saiu com fama de retranqueiro? Com que autoridade esse cara ia fazer alguma coisa em algum time do Rio? Cada técnico que chega quer fazer o seu time, esquecendo o que estava jogando junto. Até aí é uma opção, mas um pouco de critério faz bem. O Diguinho não havia jogado mais de dois jogos seguidos e virou titular absoluto. Não joga nada, todo mundo vê que o Jonílson joga sozinho.

14 de out. de 2005

Brasileirão – 2005 – torcedor x cronista

escrito por AL-Chaer @ 00:36 2 comentário(s)

AL-©haer

Comecei a assistir ao jogo (remarcado) Santos x Corinthians como um torcedor. Do Goiás, claro!

E, como torcedor do Goiás, a minha linha de pensamento-esperança é ver o Goiás confirmar seu favoritismo dentro do Serra Dourada e, ainda, vencer partidas fora de casa, para se manter na luta pelo título. Fácil, né? Mas, sei que isto não basta. Tenho que torcer contra o Corinthians. E muito. Principalmente nos “clássicos” que o Corinthians irá realizar, sendo que dois destes são os jogos remarcados do Corinthians (um contra o Santos, já realizado, que já sabemos o resultado e outro a ser realizado contra o São Paulo). No meio destes dois jogos remarcados, ainda uma partida contra o arqui-rival Palmeiras, que é o time que mais vem crescendo na competição, aliás o Palmeiras é o time que engatou uma “quinta” e vem atropelando. Ou, seja, não adianta que o Goiás vá vencendo seus jogos, se o Corinthians assim também o fizer, pois na última rodada, a partida entre Goiás e Corinthians, no Serra Dourada, pode ser um amistoso, já com o Corinthians Campeão.

Então, contra o Corinthians, torci muito para o Santos. O que não é tarefa difícil, pois confesso que dos times paulistas, o Santos é o que tenho maior simpatia. E, razões históricas são muitas para tal, principalmente pelos jogadores que passaram pelo Santos nestes 32 anos que acompanho futebol. Citando alguns: “O REI”, Edu-o-entortador, Clodoaldo, Ailton Lira, Pita, Rodolfo Rodrigues, Amoroso, Giovanni, Léo, Robinho.

Mas, nesta partida remarcada, mesmo o time do Santos abrindo o marcador, não senti “firmeza” na equipe. O resultado favorável era bom demais para o meu Goiás, mas eu “confiava desconfiando”, típico de torcedor. E o Corinthians empata e o jogo e vem o intervalo.

No segundo tempo, o mesmo panorama, mas tive que admitir que o Corinthians é bem melhor que o Santos, mesmo jogando na Vila Belmiro.

Eis que Luizão entre em campo. O que vi, na sua primeira intervenção (sem a bola, sem ter tocado nela) foi simplesmente pa-té-ti-co. Revelando-se totalmente desequilibrado emocionalmente, desferiu – infantilmente – duas cotoveladas no seu marcador e foi justamente expulso de campo. Melancólico, para um jogador que já esteve na Seleção Brasileira. Como torcedor, xinguei o Luizão de “tudo quanto é nome”.

Com um jogador a mais, o Corinthians, que já era melhor, passou a encurralar o time do Santos na sua defesa. O Santos encolheu e parecia que, a qualquer momento, o Corinthians viraria o marcador. Para surpresa e alegria minha (eu que “secava” o Timão) o Santos marca o segundo gol, aproveitando-se de uma falha da defesa do Corinthians. Olhei o tempo. Tava cedo para comemorar a vitória do Santos-Goiás.

E o que vi, depois, foi um massacre do Corinthians que, merecidamente, marcou dois gols, um deles de pênalti, claríssimo. Pênalti claríssimo por dois motivos: 1. Zé Elias empurrou o atacante Nilmar dentro da área; 2. Duelo entre Nilmar e Zé Elias só é vencido pelo Zé Elias se for fazendo falta, pois a categoria de Nilmar é infinitamente superior à de Zé Elias.

Saída de meio-de-campo para o Santos: o Giovanni dá um bico para a lateral...e começa a invasão de campo por torcedores.

Então eu tive que abandonar minha condição de torcedor (claro, a “vaca já tinha ido pro brejo”) e passei a ver e rever tudo como cronista.

Como cronista, vemos que a equipe do Santos só venceria a equipe do Corinthians com a interferência (mal-intencionada e/ou por erros) da arbitragem, o que deve ter ocorrido na partida que foi anulada. Ou, para usar de um chavão: “se jogassem 10 vezes, o Corinthians venceria 9”.

Como cronista, vemos que a Vila Belmiro, palco de partidas históricas do Peixe de Pelé, Robinho e Cia, infelizmente, não comporta a fúria de sua torcida. E, como ocorreu na edição do Brasileirão de 2004, a equipe do Santos deve ser punida severamente, pelos acontecimentos (recorrentes) promovidos pela sua torcida.

Como cronista, o que Luizão e Giovanni protagonizaram hoje está entre o que de pior já aconteceu neste Brasileirão. Toda a fúria da torcida do Santos deveria ser canalizada para condenar a atitude de Luizão, que – decisivamente – iniciou a construção da derrota do Santos. Quanto a Giovanni, craque com a bola nos pés, contudo, tem cérebro de ervilha, pois o chute que deu para a lateral foi o estopim para incitar mais ainda a torcida (que questionava a marcação do pênalti, que resultou no terceiro gol do Corinthians) e o resultado foram as sucessivas invasões de campo, que inviabilizaram a continuidade da partida.

Como cronista, o Corinthians abriu 6 pontos de vantagem sobre o Goiás e, a não ser que haja uma reviravolta, destas catastróficas, vai ser muito difícil tirar este título do Corinthians.


Mas, como torcedor, eu finalizo esta crônica, esperando que, na próxima rodada, o Goiás vença o Santos lá na rinha da Vila Belmiro e, que o Palmeiras (vamu lá parmêra!) vença o Corinthians.

E, depois, que o São Paulo (Time B do Goiás, leia-se Fabão, Josué, Danilo, Grafite lesionado...) vença o Corinthians.

Clássico é Clássico. E tudo pode acontecer. Por quê não?

Torcedor é torcedor é torcedor é torcedor.

Sem esquecer que o Goiás tem que vencer o Corinthians na última rodada...haja calculadora!

AL-Bra©os


6 de out. de 2005

Rodada cabeça

escrito por Raphael Perret @ 15:23 1 comentário(s)

Os jogos de ontem chamaram a minha atenção porque muitos gols foram feitos de cabeça (acho que só reparei nisso porque vi os melhores momentos sem o som da TV e, assim, pude prestar mais atenção no efeito visual das jogadas, sem a influência do locutor da notícia). O Internacional fez 3 a 0 no São Paulo graças às cabeçadas de Fernandão (duas) e Rafael Sóbis. O Flamengo, que raramente faz gols, só ontem marcou dois de cabeça, o que também é incomum, na vitória de 3 a 2 sobre o Brasiliense. E dois notórios baixinhos também deixaram seus registros com o cucuruco: Romário (Vasco 3 x 3 Cruzeiro) e Juninho (Palmeiras 5 x 3 Paysandu).

***

Nas prospecções sobre o futuro dono do título do campeonato, os analistas sempre citam Corinthians, Santos, Fluminense e Internacional e, às vezes, o Palmeiras. As avaliações deixam de fora o Goiás, atual vice-líder do Brasileiro, responsável por uma ótima campanha no torneio. Acreditam os comentaristas que falta estofo, falta cacife ao time do Centro-Oeste ante os outros clubes favoritos.

Pura balela. Dizem isso porque simplesmente não vêem os jogos do Goiás e não sabem dizer se as atuações do time são realmente boas. Como se trata de um clube fora do eixo e com nenhum título nacional na Primeira Divisão, os analistas defendem a "teoria tradicionalista", de que os times "pequenos", na hora H, amarelam.

Há algum tempo eu fazia parte dessa corrente. Entretanto, dois fatos mostram que a "teoria tradicionalista" não cabe, pelo menos, no Brasileiro de 2005. Primeiro, porque times de médio porte têm conquistado recentemente títulos nacionais importantes, como as duas últimas Copas do Brasil e o Brasileiro de 2001, vencido pelo Atlético Paranaense (com Geninho no comando, atual técnico do Goiás) e disputado com o São Caetano, ambos clubes que não tinham grandes troféus até então. Segundo, ignorar clubes médios é uma furada porque faltam onze rodadas para o fim do campeonato, times que pareciam disputar a liderança já ficaram para trás, como Ponte Preta, Juventude e Paraná, mas o Goiás permanece nas cabeças. Logo, desprezar a força do Goiás, vice-líder do Brasileiro depois de 70% das rodadas já disputadas, é perigoso.

1 de out. de 2005

Brasileirão – 2005 – dois terços de campeonato

escrito por AL-Chaer @ 01:51 4 comentário(s)

AL-©haer

Quando alcançamos metade de campeonato, escrevi:

Depois de 21 rodadas, quando todos já jogaram contra todos nas partidas de “ida”, a primeira conclusão – óbvia – é de que há muito equilíbrio entre as equipes.

Agora, que já completamos dois terços de todo o campeonato, eu reescreveria o texto acima, com poucas modificações:

Depois de 28 rodadas, quando todos já jogaram contra todos nas partidas de “ida”, e já se realizaram 7 partidas de “volta”, continuamos com a conclusão – óbvia – de que há muito equilíbrio entre as equipes.

No entanto, caro torcedor apaixonado, eu gostaria que você analisasse comigo duas questões recorrentes nesta competição. E estas questões podem ser resumidas nas seguintes frases, exaustivamente propaladas: 1. O campeonato é longo e muitas alterações podem acontecer durante a competição; 2. Há muito equilíbrio entre as equipes.

Eu mesmo já dividi com vocês estas afirmações, mas resolvi buscar uma maneira de entendê-las. E, a metodologia que segui foi, ao final da 14ª Rodada, arquivar a Tabela de Classificação, esperando para compará-la com a Tabela de Classificação após a 28ª Rodada.

A minha hipótese, ao final da 14ª Rodada, era a seguinte indagação:

O que é mais preponderante neste campeonato:

- o fato da competição ser longa e permitir alterações significativas na Tabela de Classificação,
ou
- o fato das equipes estarem bastante equilibradas?

Convido-o a seguir o meu raciocínio, que será embasado única e exclusivamente por números, para – ao final – apresentar a conclusão de minhas observações. Para isto, utilizei-me de uma planilha de cálculo, e após poucas e simples operações, encontrei os seguintes dados, que mostro a seguir, tecendo algumas considerações:

- SOBRE OS QUATRO PRIMEIROS

14ª Rodada
POSIÇÃO-TIME-PG


1-Ponte Preta-29
2-Internacional-28
3-Corinthians-28
4-Botafogo-RJ-25

28ª Rodada
POSIÇÃO-TIME-PG

1-Internacional-51
2-Corinthians-50
3-Fluminense-50
4-Goiás-47

- SOBRE OS QUATRO ÚLTIMOS

14ª Rodada
POSIÇÃO-TIME-PG

19-Atlético-PR-12
20-Vasco-12
21-Atlético-MG-11
22-Paysandu-PA-11

28ª Rodada
POSIÇÃO-TIME-PG

19-Atlético-MG-30
20-Figueirense-29
21-Brasiliense-DF-29
22-Paysandu-PA-23

Os dados acima nos revelam que, passadas 14 rodadas, tanto na parte de cima da tabela, quanto na parte de baixo, a mudança foi de 50%. No topo da tabela, Internacional e Corinthians continuam entre os quatro primeiros. Enquanto que na zona de rebaixamento, permanecem Atlético-MG e Paysandu. Ou seja, há a tendência das equipes que estão na frente permanecerem na frente e as equipes que estão lá atrás, permanecerem por lá.

- SOBRE OS TIMES QUE MAIS SUBIRAM NA TABELA

Da 14ª à 28ª Rodadas
TIME/CRESCIMENTO


Palmeiras/+7
Fluminense/+5
Goiás/+5
São Paulo/+5
Atlético-PR/+4
Fortaleza/+4

Dentre estas equipes que apresentaram melhor performance nas últimas 14 rodadas, era esperado que São Paulo e Atlético-PR (após o final da Libertadores) se recuperassem, significativamente, pela qualidade destas equipes. Fluminense e Goiás, que já vinham bem na competição, firmaram sua condição de candidatos ao título. A equipe do Fortaleza ensaiou uma arrancada, mas quem disparou mesmo foi o Palmeiras com a chegada do técnico Leão.

- SOBRE OS TIMES QUE MAIS DESCERAM NA TABELA

Da 14ª à 28ª Rodadas
TIME/QUEDA

São Caetano/-10
Ponte Preta/-8
Brasiliense-DF/-6
Cruzeiro/-5
Botafogo-RJ/-4

Dentre as equipes de pior performance nas últimas 14 rodadas, a surpresa é o São Caetano, que nas últimas três edições do Brasileirão apresentou uma regularidade sempre nas primeiras posições. Neste campeonato, tá com “cara de Criciúma”. Outra surpresa é a queda do Cruzeiro, que padece muito da saída do Fred, mas que – na realidade – tem seu goleiro (bom goleiro) passando por uma péssima fase. Era esperado que Ponte Preta e Botafogo seriam “cavalos paraguaios”. No caso do Brasiliense, convenhamos, fizeram por lá uma fórmula explosiva: Ozéias+Vampeta+Marcelinho Carioca. Para detonar, o “Joel da Prancheta”. Uma verdadeira “bomba”.

- SOBRE OS TIMES QUE MANTIVERAM A POSIÇÃO NA TABELA

Da 14ª à 28ª Rodadas
TIME-POSIÇÃO


Santos-5
Flamengo-18
Paysandu-PA-22

Aqui, também, confirmamos uma das “Leis de Newton”, a da “Inércia”: um corpo que está em repouso tende a permanecer em repouso, enquanto que, em movimento, tende a permanecer em movimento. Em outras palavras (já dito): quem está na frente tende a permanecer na frente (Santos); quem está lá atrás, tende a permanecer por lá (Flamengo, continua lutando contra o rebaixamento; Paysandu, continua na zona de rebaixamento).

A conclusão que tirei disto tudo é que na última terça parte do Brasileirão, não teremos mudanças significativas na tabela de classificação.

Detalhes vão decidir qual equipe será a Campeã. Estes detalhes ainda não apareceram, pois das equipes que já assumiram a liderança, nenhuma delas se distanciou das demais. Outros detalhes definirão os quatro rebaixados. Estes detalhes virão dos que se mantém nas primeiras e nas últimas posições. Não acredito que haja tempo para grandes alterações. É por este motivo que discordo frontalmente quando a imprensa paulista insere a equipe do São Paulo como candidata ao título. É por este motivo que o Atlético-MG está tendo uma dificuldade enorme de sair da zona do rebaixamento. É por isto que equipes como Flamengo e Vasco lutarão até o final da competição para fugir do rebaixamento.

A rigor, o que tivemos nestas 14 partidas entre a 14ª e 28ª rodadas, foi o crescimento significativo de Palmeiras e São Paulo. Para que isto acontecesse, algumas equipes deveriam experimentar uma queda vertiginosa, o que ocorreu com São Caetano e Ponte Preta.

E, finalizando, a resposta que cheguei para a hipótese que estabeleci é a seguinte:

O Brasileirão é mesmo longo, mas o equilíbrio das equipes é baseado na “inércia” dos resultados da primeira terça parte da competição: quem sai na frente tende a permanecer na frente; quem fica para trás, tende a permanecer por lá.

Faltando um terço da competição para se realizar, por enquanto, estão disputando o título os seis primeiros: Inter, Corinthians, Fluminense, Goiás, Santos e Palmeiras. O Campeão de 2005 está entre eles.

AL-Bra©os