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Tentando dar alguma razão à emoção do futebol

30 de set. de 2005

Óleo de peroba nele

escrito por Raphael Perret @ 17:37 1 comentário(s)

Edílson Pereira cobra R$ 15 mil por entrevista exclusiva

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25 de set. de 2005

Recorrente

escrito por Raphael Perret @ 16:03 0 comentário(s)

Há poucos anos, Edílson Pereira de Carvalho foi afastado dos gramados porque havia falsificado um diploma de segundo grau. Lembro de alguns cronistas esportivos o defenderem, como se sua atitude fosse fruto da mais simples ingenuidade. Agora, vêm à tona denúncias aterrorizantes que não revelam, mas reforçam o mau-caratismo do (ex?)árbitro de futebol. Irão defendê-lo neste momento?

Infelizmente, os jogos que ele apitou, se comprovada a má-fé, devem mesmo ser anulados. A medida é indispensável para se garantir a lisura do campeonato. Lamentável apenas que isso apenas contribui para o ceticismo dos torcedores quanto à moralização total do futebol brasileiro. No entanto, é bom lembrar que o Brasileiro acaba na primeira quinzena de dezembro. Como, neste instante, no máximo oito jogos podem ser realizados novamente, não seria difícil arrumar datas, após o final do campeonato, para a nova disputa das partidas. O maior problema é a viagem do São Paulo ao Japão para tentar o Mundial de Clubes. Que tudo se resolva, dentro do regulamento, e continuemos a acreditar que o futebol é festa e alegria, não corrupção e roubalheira.

21 de set. de 2005

Nada mudou

escrito por Raphael Perret @ 23:47 7 comentário(s)

Repito o que disse outro dia: quero estar vivo pra ver o Flamengo se aproveitar da vantagem de ter um jogador a mais. Devo ter sido o único torcedor a lamentar a expulsão do Romeu, que deixou o Fluminense com um a menos. Estava certo: logo o tricolor fez 2 a 1. Claro que foi necessário o Flamengo ter um expulso (Jônatas, muito injustamente) para o time conseguir empatar de novo.

E pra melar tudo de uma vez, o autor do gol, Diego, me sobe o alambrado mesmo sabendo que isso não é permitido. Ou será que não sabe? Triste.

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É o sexto jogo do Flamengo no returno, sexto empate. Andrade dirigiu o time oito vezes no campeonato, venceu duas e empatou seis. A sorte é que o Brasiliense resolveu assumir que é um time de Série B. Mas o Galo vem aí.

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Tudo bem que o Cruzeiro perdeu muito com a saída do Fred. Mas, sinceramente, não parecia que o time dependesse tanto do jogador. Depois de ser goleado por 6 a 2 para o Fluminense, agora a Raposa perde de virada para o São Paulo após estar ganhando por 2 a 0. Mais um mico no Mineirão e parece que o Cruzeiro vai terminar o campeonato sem muito o que fazer, naquela zona em que não se conquista nada nem se é rebaixado.

19 de set. de 2005

Água

escrito por Raphael Perret @ 11:17 1 comentário(s)

Jogos como o de ontem, entre Coritiba e Fluminense, realizados num gramado que mais parecia uma piscina, deviam ser proibidos. Põem em risco a integridade dos jogadores, os carrinhos se tornam mais perigosos e, como conseqüência mais prosaica, a bola não rola. É patético.

Mas o Flu perdeu um pênalti e a liderança.

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O returno corre e o Internacional assume a ponta. É o sexto time a alcançar o topo da tabela. Antes, Fluminense, Santos, Corinthians, Ponte Preta e Botafogo tiveram esse gostinho. Além disso, a diferença do Colorado para o quinto lugar, que é o Santos, é de três pontos. Acho difícil que desponte um campeão antes da última rodada.

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Acreditem: o Flamengo está invicto há seis jogos.

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O colunista Renato Maurício Prado, de O Globo, escreveu em sua coluna de ontem, domingo:
Pet comentou também os seus tempos de Flamengo:

— Enquanto tinha grana (da ISL), fomos campeões estaduais, ganhamos a Copa dos Campeões e acabamos vice na Mercosul. Acabou a grana, quase fomos rebaixados... Simples, não?


Escrevi-lhe ontem mesmo esta mensagem:
Caro Renato, essa história do Pet sobre os tempos do Flamengo não faz sentido. Ele disse que quando a grana da ISL acabou, quase o time foi rebaixado. Mas o Fla esteve perto de cair para a Série B já em 2001, no mesmo ano em que foi tricampeão estadual, ganhou a Copa dos Campeões e terminou vice na Mercosul, época
em que ainda "havia grana". Acho que o problema não era apenas de grana, mas também de panelinhas e salto alto. Primeiro, porque o elenco era formado por jogadores difíceis, como o próprio Pet, Beto, Edílson, Vampeta etc. E, segundo, porque o Flamengo entrou no Brasileiro como um dos fortes candidatos ao título, já que havia conquistado o tri estadual e a Copa dos Campeões jogando muito bem, assumindo um favoritismo que não se concretizou no campeonato mais importante do país.

12 de set. de 2005

João de Deus foi à Vila Belmiro

escrito por Raphael Perret @ 14:19 1 comentário(s)

Depois de se deliciarem com a vitória do Fluminense no sábado, os tricolores evocaram seu maior amigo, seu profeta-mor, para uma ajudinha no domingo. João de Deus foi chamado para atrapalhar o Santos diante do Flamengo na Vila Belmiro.

E ele não decepcionou seus fiéis seguidores. Pelo contrário, regozijou-os. Como evitar uma vitória do time da casa e, ao mesmo tempo, impedir um triunfo do grande rival rubro-negro? Simples: celebrando o empate. E foi João de Deus que fez o gol crescer nos momentos certos e impedir que um chute e uma cabeçada de Geílson fossem parar na trave de Diego. Foi João de Deus que tornou o Santos apático quase o tempo todo, apesar das boas chances do Peixe. A indolência santista abriu caminho para um domínio territorial do Flamengo, mas, quanto a este, João de Deus nem se esforçou muito. Os rubro-negros são capazes de auto-sabotagem, tamanha a incapacidade do time de concluir a gol decentemente. A pontaria está melhorando um pouco. Agora, basta que os (pseudo)atacantes melhorem um pouco a força nos chutes. Ridículo é fazer essa análise de atletas profissionais.

Os tricolores não estão nem aí pra isso. Sorriem com a merecida liderança. E cantam: "A bênção, João de Deus".

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A nova orientação da Fifa determina que o impedimento só seja marcado quando o jogador em posição irregular tocar a bola, mesmo que ela esteja na direção dele. Ontem, no jogo entre Flamengo e Santos, Obina foi lançado na banheira e, antes que ele chegasse à bola, o assistente marcou o impedimento. Não deveria. Interrompe o jogo (a bola sobrou para o goleiro Saulo) e não dá chance para o que possa acontecer depois, mesmo que Obina não tocasse na bola (o goleiro poderia furar).

7 de set. de 2005

Brasil 1 x 0 Chile... há 16 anos

escrito por Raphael Perret @ 11:13 1 comentário(s)

Deveria ter escrito isso antes da goleada de domingo, mas não deu. Porém, acho que o registro ainda é válido.

Estive em Santiago na semana que precedeu o jogo das eliminatórias. Não havia um clima de "a cidade respira o jogo". Ninguém vestido com o uniforme (também, pudera, um frio assustador, seria maluco quem não estivesse de jaqueta, casaco, sobretudo ou algo que o valha). E olha que lá é o mês nacional do Chile, em que se comemora a Independência e que funciona de forma similar ao carnaval no Brasil.

Entretanto, a imprensa dava um bom destaque à partida. No sábado, dia 3, dois jornais chilenos publicaram duas reportagens muito interessantes. Não falavam do jogo de domingo passado, mas de um outro que ocorreu exatamente num 3 de setembro pelas eliminatórias de uma Copa do Mundo, só que em 1989, no Maracanã. Naquele dia, o Brasil derrotava o Chile por 1 a 0, no último jogo do torneio que decidia uma vaga ao Mundial da Itália no ano seguinte. De repente, aos 24 minutos do segundo tempo, um rojão cai no gramado próximo ao goleiro Roberto Rojas. Ele cai, é retirado de campo ensangüentado e a equipe chilena abandona o jogo. A Fifa reconhece a vitória do Brasil por 2 a 0 e ainda exclui o Chile de competições internacionais durante um bom tempo. Rojas é banido do futebol, mas sua pena cai em 2001. O goleiro, alguns anos depois, admitiria que se cortou de propósito com um bisturi escondido nas luvas, e que faria isso mesmo que o foguete não tivesse caído no campo.

Sobre o vexame, o jornal Las Últimas Noticias foi atrás da "responsável" pela confusão: Rosenery, a fogueteira, que acendeu o morteiro que iniciou a farsa de Rojas. Hoje ela mora em Araruama, na Região dos Lagos, no Estado do Rio, casada, com filhos, diz que achou que ficaria famosa ao posar na Playboy (sim, isso aconteceu), mas não se arrepende de nada. Rosenery afirma que lançou o morteiro pra cima, e não em direção ao campo. Apesar da ação judicial que sofreu, não foi punida porque Rojas confessou que armou tudo sozinho e não se interessou em processá-lo. Atualmente, não costuma ir aos estádios mas acompanha o seu Fluminense.

Por seu turno, o La Tercera procurou Rojas para falar sobre o jogo de 1989 e o de domingo passado. Sobre o primeiro, o ex-goleiro não quis se pronunciar. Acerca do segundo, disse que o resultado lhe seria indiferente, mas "gostaria que o Brasil ganhasse por causa de sua filha". A frase é polêmica porque Rojas é considerado em seu país natal o melhor goleiro chileno de todos os tempos. Hoje ele mora na capital paulista e está desempregado, já que o São Paulo Futebol Clube, onde prestava seus serviços como treinador de goleiros há muito tempo, o demitiu em março. Por isso, não descarta a possibilidade até de voltar ao Chile se receber um convite para trabalhar.