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Tentando dar alguma razão à emoção do futebol

29 de jun. de 2005

Enquanto o Fenômeno tira férias...

escrito por AL-Chaer @ 21:37 8 comentário(s)

AL-©haer

...o Imperador é coroado!

Como dizia minha avó: “-Bem Feito, Ronaldinho!”

Tudo bem, Ronaldinho, eu sei que nada vai mudar. Sei que lá na Seleção é “você e mais dez”.

Calma, eu tenho memória boa e não me esqueço dos 3 gols que você marcou nos Argentinos, naquela noite em BH. E que noite, Ronaldinho! E que “esticada”, hein? Mas, que “esticada” que custou caro...tão caro que, meu querido, hoje você perdeu o melhor da festa! E que festa!

Não sei quem vai sair para você entrar. Aliás, sei que o Robinho esquentará o banco em 2006. Mas não sei se o seu reserva, o Adriano, vai ficar no banco. Talvez, você terá que dividir a frente com o Imperador. É, Ronaldinho...e você deu uma chance e tanto para o Imperador mostrar para nós, o que ele tem feito lá na Itália.

E, o que Adriano tem feito lá na Itália e fez, hoje, nesta final da Copa das Confederações, é algo que você não tem feito há muito tempo.

Adriano jogou tudo hoje. Correu muito e saía da dura marcação dos Argentinos (marcação que ele está acostumado lá no Futebol italiano e não aquela “baba” que temos nas defesas espanholas). Trombou, disputou a bola no chão e pelo alto, e ainda saía da área para abrir espaço para os demais, ou para se apresentar como opção, tanto pela esquerda, quanto pela direita. Levou porrada e não perdeu o equilíbrio, nem físico, muito menos emocional. Driblou, marcou um golaço de fora da área. Veja bem, Ronaldinho, o Adriano tem um chute muito mais poderoso que o seu. E marcou outro golaço de cabeça (não como aquele último gol de cabeça que você fez lá na Espanha, de olhos fechados, meio sem querer). Foi um gol de “matador”, subindo lá no segundo andar e cabeceando para baixo (como manda o figurino) com a bola tocando o gramado antes do goleiro, com direito a estufar as redes pelo alto.

Mas, a festa que você perdeu não foi somente a festa do Imperador. Mas parecia que era aniversário do Adriano. No final da partida, Adriano recebeu quatro presentes: uma chuteira de ouro (pela artilharia da competição), uma bola de ouro (por ter sido o melhor jogador da competição) uma medalha de ouro e uma taça (por ter sido campeão).

A festa que você perdeu foi a festa que fizemos em cima dos Argentinos! Dentro de campo e com direito a “sambinha ao vivo” em direção ao pódio.

Ronaldinho, você não sabe o que está perdendo.

Por falar nisto, Ronaldinho, você já descansou, ou contra o Chile você ainda estará de férias?

Que tal deixar que o Adriano resolva lá na frente a nossa classificação para a Copa do Mundo?

Já pensou, se contra o Chile (você em campo!), não conseguimos vencer a retranca (pois o empate é um bom resultado para o Chile, que ainda luta pela quarta ou quinta vaga) e tropecemos? Já pensou se você volta “meio sem ritmo” e um desastre adia a nossa classificação para a partida contra a Venezuela?

Ah! Ronaldinho! Volta só em 2006!

Em quatro atos

escrito por Anônimo @ 03:04 2 comentário(s)


Em quatro atos


1º ato: Notinha sem-vergonha plantada no Panorama Esportivo sábado, dizendo que PC Gusmão iria se transferir para o Vasco. Como é que é? Ele ia largar o líder para dirigir o maior balaio de gato do campeonato, era isso mesmo?


2º ato: Fui ler a cobertura do time e me deparei com as declarações mais doidas ditas no momento mais inoportuno.


3º ato: Derrota para o Figueira. O time nem jogou tão mal, mas perdeu jogadores e o sr. PC mexeu mal, muito mal, como já tinha feito contra o São Paulo.


4º ato: PC Gusmão pede demissão. O até ontem líder sai disparando contra o atraso de salários (sete dias) e contra o vice geral, Jefferson Mello, que não é uma figura querida pela banda podre da imprensa esportiva. Bebeto diz que é vítima, que fez o que PC pediu e que ninguém teve tanta autonomia como ele no Fogão.


Resumo da ópera: Nunca vi tamanha doideira em tão pouco tempo. De repente estávamos na frente e agora já estão dizendo que o time é um barco sem rumo. Parecia que o PC estava avisando que ia aprontar algo ( e teve carteiros de luxo no Globo). Os jogadores já mostraram que têm valor e time para fazer bonito no campeonato. Provavelmente o PC vai para algum clube grande ganhando o dobro do que ganhava no Botafogo. Como bem disse o Kajuru, era demais achar que ele só ia aprender as coisas boas do Luxemburgo. Ia pegar também a manha de pular fora quando recebesse proposta melhor e deixar o clube na mão.

Estavam cotados para ser o novo técnico Leão, Chamusca, Zetti e Vagner Mancini. Quem vem?

Robinho + Parreira + Seleção

escrito por AL-Chaer @ 01:46 4 comentário(s)

AL-©haer

Faço questão de escrever este texto, antes da Final (daqui a pouco) entre Brasil e Argentina, pela Copa das Confederações. Há muito estou pensando no assunto, que é delicado, até complexo, pois eu mesmo me volto pra mim mesmo e acho que não tem nada a ver. Mas tem.

Robinho

Desde o aparecimento do Zico (meu único e eterno ídolo) na década de 70, precisamente em 1974, que um jogador de Futebol não me encantava tanto. Então, o que exatamente estou querendo dizer é que nem Romário, nem os Ronaldinhos, o Fenômeno e o Gaúcho, me impressionaram tanto. Atenção! Estou falando de jogadores brasileiros, senão teria que incluir Cruyiff e Maradona.

Um dia, juntei-me ao coro dos amantes do Futebol, pedindo a convocação do Robinho. Robinho foi convocado pelo Parreira, para uma partida (não me lembro qual e estou com preguiça de procurar saber), ficou no banco e nem sequer entrou em campo. Naquela partida, seu então companheiro de clube - Diego – jogou. Fiquei frustrado.

Resumindo, Robinho é o melhor jogador que atua no Brasil, nos últimos três anos.

Mas, Robinho ainda é muito novo, para que se deposite sobre ele tamanha responsabilidade, quando se fala em Seleção. Se a “Amarelinha” não pesa para os nossos zagueiros (que não têm e nunca tiveram muito o que mostrar), convenhamos, pesa muito para os jogadores do meio de campo para frente, em especial, os atacantes, que – na maioria das vezes – decidem.

Para Robinho se firmar no âmbito mundial, é imperativo que ele vá jogar na Europa. A razão é simples: se jogadores medianos como o goleiro Julio César e o atacante Luiz Fabiano estão lá na Europa, então, o Robinho tem que ir para lá.

Robinho vale muitos euros. Mas, se jogar na Seleção, valerá muito mais. E, no momento, é isto que está valendo. Muito.

Este “esquema” é muito antigo. A “ponte” para uma boa negociação, invariavelmente, passa por alguns jogos pela Seleção. E, os exemplos recentes são os mesmos já citados Júlio César e Luiz Fabiano. Só depois que “passaram” pela Seleção é que suas negociações para o exterior foram concretizadas. Depois, ninguém fala mais neles. Até porque não há muito o que falar.

Então, o momento é duplamente “favorável” para que o Robinho esteja na Seleção: Robinho é craque e sua iminente negociação para a Europa tem que ser valorizada.

Parreira

Parreira é um estudioso do Futebol. E aprendeu. Tanto aprendeu, que acabou nos ensinando uma dura lição, na Copa de 94: não basta jogar bonito (vide Copa de 82) para ser Campeão do Mundo; para vencer uma Copa do Mundo, a receita é entrar para não perder, com um goleiro “mais ou menos” (todos os nossos atuais goleiros da Seleção são “mais ou menos”; eu, particularmente, preferiria o Rogério Ceni, pois este aumenta a nossa capacidade de marcar gols em cobranças de falta), continuando, um goleiro, 9 jogadores “bonzinhos” que não questionam o esquema tático (e até se submetem a descaracterizar seu estilo original de jogar futebol) e um “que resolve”. Em 1994, o “um que resolve” foi o Romário, que ganhou sozinho aquela Copa.

E, sinceramente, eu não acredito que o Parreira evoluiu tanto com esta história (para boi dormir e para inglês ver) de Quarteto Mágico com três craques (Robinho, Kaká e Ronaldinho Gaúcho) e mais um na frente, hoje o Adriano, amanhã, o Fenômeno.

Parreira é muito mais esperto do que todos nós juntos. E, o que estou vendo é que o Parreira está unindo o útil (negociação do Robinho) com o agradável (a escalação de tantos craques ao mesmo tempo juntos, que quase todos querem). Digo “quase todos”, pois acho que não é isto que o Parreira quer.

Robinho quase “pregou uma peça” no Parreira, caso tivesse marcado aquele gol, após um chapéu em dois zagueiros alemães, num espaço de apenas 1 metro quadrado, dentro da área. Se aquele gol tivesse acontecido, seria a consagração – prematura – do jovem Robinho. Foi quase uma jogada do Rei. Quase. Para alívio do Parreira.

E o que o Parreira está insistindo em ensinar para nós é que não há espaço no seu esquema para três craques.

Seleção

Pode até ser que o Robinho desencante de vez na Seleção, nesta partida contra a Argentina, daqui a pouco. Eu, no íntimo, estou torcendo muito para isto. Para que Robinho entorte Los Maricóns, da maneira mais Garrinchesca possível. Para humilhá-los.

Mas, nem assim, Robinho terá um lugar no time titular de 2006. As Copas de Robinho serão as de 2010 e 2014.

Robinho ainda está muito novo e não será a Copa das Confederações que sedimentará sua experiência como jogador de seleção. Faltam poucas partidas “de verdade” para a Seleção jogar pelas eliminatórias e, a tendência é que o Brasil se classifique na próxima partida, contra o Chile. Depois, todos jogos serão amistosos e, normalmente o Brasil só joga contra times de pouca expressão antes da Copa do Mundo.

Na “Seleção” do Parreira só tem espaço para, no máximo, dois craques, que serão, por antigüidade, o Kaká e o Ronaldinho Gaúcho, com o Fenômeno-de-uma-perna-só, o garoto da Nike (o das férias merecidas) lá na frente, jogando menos que o Adriano.

O que está provado é que os três craques não mostram regularidade nas partidas. Mas, quando entra um jogador mais combatente (leia-se Renato ou Juninho Pernambucano) o esquema do Parreira encaixa.

E, sabem o que eu AL-cho? Que Rivaldo estará no grupo de 2006. E, sendo assim, aposto que será titular. Vou repetir, para vocês não acharem que eu estou ficando louco: Ri-val-do.

E o Robinho vai ser vendido. Mas tem que ser logo, senão vai complicar a cabecinha do Parreira. E a do próprio Robinho. E as de todos que lucrarão com a negociação.

Seleção Brasileira é isto. E é por isto que eu torço para a Holanda, para todas as equipes africanas e, agora para o Japão, do “Dgico”.

Por via das dúvidas, “Pedala Robinho” pra cima deles. Depois, talvez só em 2010.

27 de jun. de 2005

O Flu é bom

escrito por Raphael Perret @ 16:33 2 comentário(s)

Alguém ficou espantado com a vitória do Fluminense sobre o Corinthians em Mogi? Eu não. Ora, o tricolor carioca tem um bom time, rapaziada. A perda da Copa do Brasil para o Paulista não tira a força da equipe do Rio. A taça foi parar em Jundiaí porque, no primeiro jogo, o Paulista venceu por 2 a 0, resultado absolutamente normal, ainda mais considerando que o Fluminense atuou mal.

Em São Januário, o erro do tricolor foi apostar nos lançamentos em profundidade em uma defesa fechada e que comandou bem a linha de impedimento no primeiro tempo. Nos 45 minutos finais, deu o esperado: ataque contra defesa, que arriscava em contragolpes rápidos. Os zagueiros Dema e Anderson tiveram atuações soberbas, mas os atacantes tricolores também primaram pela má pontaria, de tal forma que o goleiro Rafael não fez grandes defesas. Por isso, o Paulista já se garantiu na Liberta de 2006.

A derrota pode ter iludido alguns, mas não a mim. Se o Fluminense mantiver a base de seu time, é candidato ao título. Principalmente agora, que está na liderança (perde para a Ponte no saldo de gols) e pode se concentrar em apenas um campeonato daqui pra frente.

***

É bom ressaltar os frutos do trabalho a longo prazo do tricolor. Investiu em um centro de formação de atletas em Xerém e, após alguns anos dolorosos, consegue vislumbrar um futuro que virou presente. Os jovens jogadores do Fluminense ganharam vários títulos nas categorias de base e, agora, orgulham os torcedores com boas campanhas desde o ano passado. Demorou, mas chegou.

***

O Botafogo perde a primeira em casa e PC Gusmão está ameaçado de sair. Quem manda acostumar o clube a ser pequeno? Estar no topo não é para o cartola botafoguense.

***

O Flamengo mantém sua sina de levantar defunto. Enfrentou, no Rio, dois times que estão atrás dele na classificação. Empatou com o lanterna e perdeu para o outro, com gols incríveis e bisonhos, autênticos das mais animadas peladas do Aterro.

Mas depois que Fernando foi efetivado como titular (ou, pior, foi contratado), não se poderia esperar outra coisa, senão essa seqüência de resultados maravilhosos.

***

Todo mundo está agourando a seleção brasileira, dizendo que com esse futebolzinho não dá, que vai parar nas quartas-de-final da Copa em 2006, que vai ser um sofrimento...

Falavam a mesma coisa em 2002. :-)))

25 de jun. de 2005

Bom começo, já o final...

escrito por Anônimo @ 18:52 0 comentário(s)

Pessoal, desculpem pelo lapso no final do meu último post sobre o São Paulo e o Atlético Paranaense na Libertadores. Ainda não houve uma final entre dois clubes de um mesmo país na competição, conforme lembrou o amigo leitor Daniel F. Silva . Acabei me confundindo com a extinta Copa Mercosul, de tão boa lembrança para aqueles que, como eu, fazem parte na atualmente tão maltratada torcida cruzmaltina.

Daniel, obrigado. E sigamos em frente!

24 de jun. de 2005

Prazo de validade

escrito por Anônimo @ 10:16 2 comentário(s)

A notícia da vez: há a preocupação de que o baixo rendimento da Seleção possa ser devido ao cansaço dos craques em ficar muito tempo juntos, concentrados, treinando.

Ué, mas antes o problema não era justamente a falta de tempo para um concentração adequada, para treinar o esquema e garantir o entrosamento dos jogadores?

Qual o limite de convivência entre craques-celebridades, sem stress e problemas internos?

Parreira, normalmente coerente em seu raciocínio, agora está me deixando preocupado. Isso me parece desculpa prévia, com todo o respeito.

Bom começo

escrito por Anônimo @ 09:55 3 comentário(s)

Que coisa foi aquele jogo de ontem, entre o Atlético Paranaense e o Chivas Guadalajara, não? Com o Fernandinho em campo, o time já foi outro, diferente daquele que estamos vendo no Brasileirão. Imaginem quando o Dagoberto voltar?
Em uma Arena da Baixada lotada, o Furacão mostrou o porquê de estar nas semifinais da competição, aplicando uma bela goleada (em se falando de jogos de 180 minutos, ainda mais na Libertadores) de três a zero nos mexicanos. Realmente um belo começo, pra quem quer chegar à final. Agora é caprichar lá na casa dos "hermanitos", pra não haver surpresas, pois os caras não bobos. Afinal de contas, meter quatro gols no Boca Juniors, mesmo jogando em casa, não é questão apenas de sorte.

O mesmo cuidado deve tomar o excelente time são-paulino, que venceu bem, mas não com a mesma facilidade, ao time do River Plate. Dois a zero é uma boa vantagem, mas que infelizmente por ser abalada com apenas um gol dos hermanos, no jogo de volta. A despeito da boa marcação no início do jogo, o time portenho parece ter, como ponto fraco, pouco preparo físico. O caminho, óbvio, para o Tricolor, lá na Argentina: aguentar a pressão adversária, pelo menos nos primeiros 45 minutos, utilizando a boa velocidade do time nos contra-ataques.

Cocito, Fabão e companhia: muita atenção na semana que vem, para garantir mais uma final brasileira na Libertadores.

Curiosidades de uma Final

escrito por AL-Chaer @ 09:51 3 comentário(s)

AL-©haer

Na Final da Copa do Brasil de 2005, tivemos o encontro da tradicional equipe do Fluminense, o imponente Tricolor das Laranjeiras, contra o Paulista, do interior de São Paulo, da rica cidade de Jundiaí.

Antes da Partida de Ida, para a maioria, o favorito era o Fluminense. Sendo uma disputa entre um Carioca e um Paulista, o retrospecto dos confrontos entre Cariocas e Paulistas nos últimos anos indicava exatamente o contrário: Cariocas não têm tido êxito em confronto com Paulistas.

A seqüência de jogos de cada equipe antes da Final é, também, reveladora. Enquanto o Fluminense superou os adversários Campinense-PB, Esportivo-RS, Grêmio, Treze-PB e Ceará, o Paulista passou por Juventude-RS, Botafogo-RJ, Internacional, Figueirense e Cruzeiro. Ou seja, o Paulista superou 6 equipes que disputam a atual Série A do Brasileirão. Com exceção do Figueirense, que não começou bem a Série A, os demais times que o Paulista enfrentou estão todos com pontuação maior ou igual a 12 PG na competição, alcançando posição de destaque na Tabela de Classificação. Então, enquanto o Paulista jogava, o Fluminense treinava rumo a Final.

E veio a Partida de Ida. Lá em Jundiaí. Campo pequeno. Torcida próxima ao campo de jogo. E o Paulista abriu dois gols de vantagem, que poderiam ser três ou quatro.

Na Partida de Volta, o que se dizia é que era perfeitamente possível que o Fluminense revertesse a vantagem, talvez até sem a necessidade da decisão em cobrança de tiros livres da marca de pênalti.

Só que aconteceram outros aspectos curiosos:

- o artilheiro do Paulista levou o 3º Cartão Amarelo após a comemoração do 2º gol e ficou de fora da decisão;

- o julgamento de “perda de mando de campo” a que o Fluminense está incluído foi, estranhamente, adiado;

- Diego (jovem promessa do Fluminense), convocado para a Seleção Sub-alguma-idade, foi dispensado por contusão e retornou ao Brasil para se tratar...estranhamente, recuperou-se e, com uma proteção no ombro, foi escalado;

- o Maracanã, em reforma, não pôde ser utilizado e o estádio escolhido foi São Januário, de dimensões pequenas, com a torcida bem próxima ao campo, típico estádio de time pequeno...

- o Abelão é um bom técnico para decidir Campeonato Carioca, ou para livrar a Ponte Preta do rebaixamento, mas, treinando times Cariocas contra times Paulistas, em decisão, pela segunda vez consecutiva, demonstrou ter “pés de barro”...e gelados!

E, mais uma vez, foi a Primeira Partida que decidiu tudo. A Segunda Partida foi somente para o Paulista administrar a vantagem.

Veja você, caro leitor apaixonado, dos 6 confrontos que o Paulista disputou, este foi o único confronto em que não sofreu gol.

Em uma Final, em que, teoricamente, é o confronto mais difícil, paradoxalmente - para o Paulista - foi o mais fácil.

Fácil até demais!

AL-Bra©os

22 de jun. de 2005

Disclaimer

escrito por Anônimo @ 19:13 1 comentário(s)

Tudo bem, a redação do texto anterior tá uma porcaria. Mas não vou mudar uma vírgula, pra manter o tom de desabafo. Não aguento determinados "especialistas" em futebol, que mais parecem aqueles promotores de lutas de boxe, antes de cada jogo (essa vai ser a "revanche", dessa vez vai, vamos acabar com eles...).

Pra bom entendedor... Ou melhor, como diz o Naldinho, ex-amigo oculto do Edinho, "Pra malandro, qualquer pingo é letra".

Falando sério

escrito por Anônimo @ 18:57 2 comentário(s)

Longe de mim querer justificar o desempenho do Brasil na Copa das Confederações, mas o Parreira sempre disse, desde antes do primeiro jogo, que esse seria um torneio utilizado por ele para fazer testes na formação da equipe, além de corrigir alguns pontos críticos. Ou seja: ele, o Parreira, não estava nem aí pra conquista desse título, que se vier , será por mera conseqüência.

Tudo bem, o Futebol Brasileiro tem um nome a zelar, a Seleção tem que manter o respeito perante os adversários, etc, etc. Mas, particularmente, estou de olho na Copa. E tudo o que for necessário para que entremos na Alemanha em 2006 sem defeitos crônicos, como a habitual instabilidade do time durante (e entre) os jogos e a visível fragilidade da zaga, que seja agora, não durante os três jogos da primeira fase, como tem sido praxe nas últimas duas copas.

Mesmo assim, até lá, não abuse, Parreira!

16 de jun. de 2005

Furacão se aproxima do México

escrito por Raphael Perret @ 00:10 1 comentário(s)

Quando o Atlético-PR se classificou para as oitavas e quartas da Libertadores, perguntei se não seria sorte de campeão. A maneira de como a vaga para as semifinais foi conquistada mostrou que, além de sorte, o time tem competência. Não se chega aonde o Furacão chegou por acaso. Raça e luta são fundamentais em Libertadores. Acho que o Atlético superou definitivamente o descrédito e entra de cabeça erguida pra disputar seu lugar na decisão do torneio sul-americano. Quem sabe, brasileira.

Coincidências (algumas forçadas)

escrito por Raphael Perret @ 00:05 3 comentário(s)

Na Copa do Brasil...

- a final é decidida por um grande time carioca e uma equipe de São Paulo, fora da capital e que disputa a Série B do Brasileiro;

- o time carioca é dirigido por Abel Braga e tem no elenco Felipe e Fabiano Eller, enquanto seu adversário traz um atleta de nome Elvis;

- o primeiro jogo é disputado no Estado de São Paulo e é apitado por Wilson de Souza Mendonça;

- o time paulista faz dois gols na primeira partida;

- o último gol foi marcado aos 38 minutos do segundo tempo.

Hein? Se estou falando de 2004 ou 2005? Você decide.

14 de jun. de 2005

Embolado

escrito por AL-Chaer @ 00:55 3 comentário(s)

AL-©haer

Completadas 7 rodadas, que representam um terço do Primeiro Turno, ou melhor um sexto de toda a caminhada desta longa Competição, o que se pode constatar é que, com exceção de Botafogo (Líder) e Atlético Paranaense (Lanterna), está tudo embolado.

A diferença entre o 2º Colocado (Juventude) e o Penúltimo (Figueirense) é de 9 pontos, ou seja, três vitórias. É óbvio que, se o Figueirense vencer suas próximas três partidas e o Juventude perder seus próximos três jogos, não significa que irão trocar de posição, pois há várias e múltiplas combinações de resultados possíveis nos demais jogos. Ou seja, o Juventude até pode perder seus próximos 3 jogos, que continuaria numa posição intermediária da tabela. Já o Figueirense, se vencer suas próximas 3 partidas, dá um salto significativo, saindo da zona de rebaixamento.

Então, um fator significativo neste início de competição não é a questão técnica, ou tática, pois muitos times ainda estão se definindo, tentando acertar seus esquemas táticos e buscando contratações. Ainda é cedo para cobrar isto das equipes. O fator que mais pesa neste início de competição é o equilíbrio emocional.

Continuemos analisando os exemplos de Juventude e Figueirense. Se o Juventude vier a ter três derrotas nos próximos jogos, não significa que haveria a necessidade de se fazer mudanças drásticas na equipe, mudanças estas que, de costume, começariam pela troca do técnico. Pela posição que o Juventude ocupa, atualmente, um hiato de três jogos sem marcar pontos não abalaria o equilíbrio emocional da equipe. No entanto, para o Figueirense, o equilíbrio emocional é fundamental nesta etapa da competição. Se vencer seus próximos três jogos, a auto-estima de seus jogadores salta lá para cima. Contudo, se ficar mais três jogos sem marcar pontos, então a situação passa a ser delicada.

A conclusão que chegamos é que, mesmo que ainda tenhamos muito campeonato pela frente, jogar contra equipes que estão mais próximas da zona do rebaixamento, ou nesta incômoda posição, configuraria, neste momento, em jogos teoricamente mais difíceis. Difíceis, pois estes times não vão querer se manter nesta situação. Estes times deverão – nas próximas partidas - superar suas deficiências e insucessos iniciais colocando a vontade acima da capacidade técnica ou tática. Somente o equilíbrio emocional poderá calibrara esta dose de vontade.

Então, aquela equipe que entender que há uma maneira de se jogar contra um time que está no topo da tabela, que é diferente daquela de se jogar contra um time que ocupa as últimas posições, terá mais possibilidade de sucesso ao longo da competição. Somente os técnicos observadores e estudiosos terão condições de encontrar este caminho. Há de se criar variações para diferentes situações. Cada jogo é um jogo. Ainda, durante uma partida, há várias maneiras de se jogar. É por isto que eu enalteço aqueles técnicos que conseguem visualizar possibilidades durante uma partida, aqueles que “sabem mexer num time”. São poucos. Talvez, a incompetência esteja não apenas nos técnicos, mas nos jogadores, pois a maioria só sabe jogar de uma maneira. A maioria somente tem inteligência bio-mecânica. Poucos raciocinam. Poucos têm visão espacial e de conjunto. Equilíbrio emocional, então, é raro.

Comecei a falar que o campeonato está embolado e acabei me desgarrando para a questão de equilíbrio emocional.

Ainda não dá para tirar conclusões sobre nenhum dos dois temas.

No ano de 2003, o Goiás amargou 14 rodadas na Zona de rebaixamento, muitas delas na lanterna e, numa reação extraordinária no segundo turno, recuperou-se alcançando uma posição de destaque entre os dez primeiros colocados.

No ano de 2004, o Criciúma foi líder por várias rodadas, manteve-se nas primeiras colocações no início do primeiro turno, mas acabou rebaixado para a Série B.

O que se pode concluir é que, no momento, é preferível ser torcedor do Botafogo do que ser torcedor do Atlético Paranaense.

Por enquanto.

AL-Bra©os

9 de jun. de 2005

Aprendendo

escrito por AL-Chaer @ 01:25 1 comentário(s)

AL-©haer

Pela primeira vez, repito, pela primeira vez concordei com uma formação da Seleção proposta pelo Parreira. Eu até estava pensando que o Parreira iria colocar algum jogador mais experiente para começar a partida contra a Argentina, por exemplo, um Ricardinho no lugar de Robinho. Mas não. A surpresa foi o Parreira ter colocado em campo um time que, para todos nós, tinha a “cara” do Futebol Brasileiro: com muitos craques atacantes, jogadores habilidosos, um time com jogadores ofensivos por natureza. Mesmo sendo contra a Argentina. Mesmo sendo lá na casa deles. Era o que queríamos.

O que aprendemos, logo de saída, é que uma Argentina não é um Paraguai. Se o craque do Paraguai é o Gamarra, que sabe tudo de defesa (e não conseguiu parar o ataque do Brasil), na Argentina temos o Riquelme, que sabe tudo de bola, do meio-de-campo para frente. E, o que já sabíamos, é que nossa defesa continua a mesma “baba” de sempre. Deu no que deu: quando acordamos da “gostosa ressaca do Dream Team que goleou um Paraguai”, já estava 3 a 0 para a Argentina.

O que me agradou, no primeiro tempo, foram as tentativas de Kaká e Robinho. Ronaldinho Gaúcho não tinha entrado em campo.

Veio o segundo tempo e a Argentina passou a jogar como imaginávamos: com a vantagem no marcador, esperava o Brasil na defesa e tentava atacar nos contra-ataques. Era de se esperar que, desta forma, o Brasil teria mais posse de bola no segundo tempo, o que foi confirmado.

E veio a primeira alteração no time Brasileiro: Parreira sacou Robinho, colocando Renato em campo. Naquele momento eu achava que o Parreira iria fazer duas substituições ao mesmo tempo: Ricardinho no lugar de Robinho e Ricardo Oliveira no lugar de Adriano. Mas, na minha opinião, quem tinha que sair mesmo era o Ronaldinho Gaúcho, que até então, não tinha jogado nada. Adriano, também, não me agradava, pois saía demais da área, tentando receber a bola que, mais uma vez, só chegava para ele na “fogueira”.

E, para minha surpresa, o Parreira acabou dando uma lição de Futebol. A todos nós. A entrada de Renato e a saída de Robinho organizou o time do Brasil. A entrada de Renato contribuiu para dois fatores: juntamente com o Zé Roberto e Emerson, o combate no meio-de-campo ficou mais eficiente e, com fôlego, proporcionou boas jogadas pelo ataque. E, ainda, a saída do Robinho fez o Futebol de Ronaldinho Gaúcho aparecer. Kaká, que na minha opinião foi o melhor jogador do Brasil nesta partida, também cresceu no segundo tempo, pois, sem o Robinho, as opções eram Ronaldinho Gaúcho e Kaká. Mas, já era tarde.

E, no final das contas, somos obrigados a aceitar (ou engolir!) que não dá para jogar bonito em jogos decisivos. Agora, o Parreira não precisará justificar mais nada. Para a Copa do Mundo (em que todos os jogos são decisões), como nosso miolo de defesa é fraco e nossos laterais são atacantes, precisaremos jogar com três volantes: Emerson, Zé Roberto e, quem sabe, o Renato. Robinho vai para o banco e esperará por 2010. Foi assim com o Ronaldinho, Fenômeno, em 1994, lembram?

Por falar em Ronaldinho, Fenômeno, o Adriano está jogando igual a ele, então, depois das férias, o Fenômeno volta contra o Chile e o Brasil se classifica para a Copa do Mundo e tudo volta ao normal.

Pois é. A Argentina tem um goleador. O Crespo. Que não tira férias.


O chute de Roberto Carlos continua impressionante. Até em câmera-lenta a bola é rápida.

Kaká é o nome dele!

AL-Bra©os

Merecido

escrito por Raphael Perret @ 00:51 0 comentário(s)

Se a Argentina jogasse todas as partidas como a de hoje, venceria 100% delas. A equipe foi perfeita na marcação, do início ao fim, reduzindo os espaços e deixando a impressão de que havia entrado em campo com 15 jogadores. O Brasil só jogou no segundo tempo, quando se adiantou e passou a trocar os passes com mais velocidade. O que foi insuficiente para reverter um placar de 3 a 0, construído em 45 minutos primorosos da Argentina.

Do lado de cá, salvaram-se Roberto Carlos, com seu golaço e constante apoio pela esquerda, e Kaká, que lutou muito, mas não contou com a ajuda de Adriano, Robinho e Ronaldinho Gaúcho, pouco inspirados.

7 de jun. de 2005

Sem Ronaldo, Fenômeno (?!)

escrito por AL-Chaer @ 01:00 3 comentário(s)

AL-©haer

Mais uma vez, por necessidade (exigência) de férias, não pudemos contar com o Ronaldo, Fenômeno, na Seleção.

Não quero comentar aqui os méritos da dispensa. Não quero fazer conjecturas se foram dadas férias (e um puxãozinho-de-orelha, pela não convocação para as partidas contra Paraguai e Argentina).

A Pergunta é: como teria atuado a Seleção se o Fenômeno estivesse em campo, contra o Paraguai?

Difícil responder, pois Ronaldinho (prefiro chama-lo assim; o outro eu chamo de Ronaldinho Gaúcho) não esteve em campo. Mas vou tentar responder a esta pergunta. Depois, caro leitor apaixonado, você faça sua resposta (se quiser, escreva nos comentários, que enriquecerá o nosso papo aqui).

Recapitulando a partida contra o Paraguai, notamos que o Adriano ficou um pouco isolado. Vimos, claramente, que na opção tática defensiva do Parreira, apenas Adriano ficou desobrigado de marcar. Ficou lá na frente, cumprindo à risca, sua missão. Sempre prendendo dois jogadores na sua marcação. Taticamente, Adriano foi perfeito, principalmente nos dois últimos gols da Seleção, pois com dois zagueiros na sua marcação, abriu espaços para a sobra de bola que Zé Roberto aproveitou e, no quarto gol, levou o zagueiro na sua marcação pela esquerda, enquanto Kaká descobria Robinho entrando livre pelo meio.

Quando o Brasil recuperava a posse de bola, ou saía jogando da defesa, rapidamente a bola caía nos pés de Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Robinho. Todos se movimentando bastante, aparecendo como opções de receber a bola. Todos muito velozes e exímios condutores de bola. E habilidosos. Difícil marcar. Da maneira com que o Paraguai optou, na retranca, esperando lá atrás, eles teriam melhor resultado se tivéssemos apenas um bom meio-de-campo. Mas não. Tínhamos três opções (três craques) e, de quebra, o Zé Roberto (em sua melhor atuação desde a primeira vez que esteve na Seleção) exerceu seu papel na cobertura de Roberto Carlos e, ainda, realizou ótimas subidas ao ataque (marcando um golaço e dando um drible antológico!), sem comprometer a função defensiva. Ou seja, a bola ficou muito tempo nos pés dos nossos jogadores.


Contudo, a bola não chegava para o Adriano. Coincidência ou não, nos poucos minutos que o Ricardo Oliveira participou, teve duas chances de marcar.

Surge, agora, mais uma pergunta, incident-AL: será que, inconscientemente, nossos jogadores "deram uma geladeira" no Adriano? Esta pergunta é mais difícil de ser respondida. Para refletir...

Então, vamos tentar responder à primeira pergunta.

AL-cho que se o Fenômeno estivesse presente, nossos jogadores teriam servido mais o Ronaldinho. Afin-AL é O Ronaldinho. E, com certeza, Ronaldinho também estaria bem marcado, mas não acredito que se sentiria confortável exercendo a função que Adriano exerceu tão bem. E, mesmo abrindo espaços para os demais (que é a função principal de um Atacante bem marcado), Ronaldinho - ansioso - sairia da área para receber a bola e isto atrapalharia a evolução que vimos com os três craques (Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Robinho), com a ajuda de Zé Roberto. Ou seja, respeitando o Fenômeno (sei que Ele é Titular; sei que é Ele e mais 10), a ironia do destino mostrou que, nesta partida contra o Paraguai, a ausência do Fenômeno não foi sentida.

E, respondendo à pergunta incident-AL: houve um "boicote surdo" ao Adriano.

Será que eu estou ouvindo demais?

Contra a Argentina, não sei se o Parreira irá alterar o meio-campo e o ataque. Sei que o Cafú retornará e que alguém entrará no lugar do Lúcio. Mas, será que o Parreira manterá o Robinho como titular? Ou será que preferirá a experiência de outro jogador?

Só sei que o Adriano continuará exercendo seu papel. Até agora, perfeito. Mesmo sem receber muitas bolas. Sei que Ronaldinho, o Fenômeno, não estará em campo.

Outras perguntinhas, para divertir:

-Se vencermos a Argentina, que diferença fará a ausência ou não do Fenômeno?

-E se este time "emplacar" na Copa das Confederações?

-Vocês sabiam que o Marcelinho Paraíba foi eleito o Melhor Jogador do Campeonato Alemão?

-E se o Fred "arrebentar" (eu aposto nisto) neste Brasileirão de 2005?

-E se o Grafite se recuperar logo e voltar marcar seus gols?

-E se o Fernandão continuar jogando a bola que está jogando desde o ano passado?

-E se o Botagogo for campeão? (peraí, esta música é do Francis Hime e deveria estar noutra crônica...)

AL-Bra©os


6 de jun. de 2005

Queremos mais

escrito por Raphael Perret @ 22:42 1 comentário(s)

Por que o Brasil não joga sempre como jogou ontem no Beira-Rio? Imprensou o adversário, partiu pro ataque e fez belíssimas jogadas, tanto nos dribles exuberantes quanto nos passes precisos. Esse time é um dos melhores que eu já vi vestindo a amarelinha, sobretudo do meio-campo pra frente. E olha que não entraram em campo Ronaldo, Juninho Pernambucano, Grafite, Fred e outros grandes jogadores.

Destaco a atuação de Zé Roberto. Lembro de seu primeiro jogo na Seleção, quando ele entrou no meio da partida e arrancava com velocidade e driblando facilmente os adversários. Surgiu como promessa e seu passe valorizou com a mesma rapidez que atacava pela esquerda.

Nos últimos jogos foi muito criticado e por pouco não é eleito símbolo do ramerrame do time de Parreira (algo como Dunga e a seleção de 90), já que ele não defendia, não atacava e era pouco notado em campo. Porém, o técnico sempre apostou nele e, ontem, Zé Roberto pôde provar que, jogando solto, pode ser muito útil ao ataque e, conseqüentemente, à seleção. Mostrou que não tem apenas velocidade, mas tem também talento. Haja vista o golaço que marcou.

Parreira terá dor de cabeça pra escalar o time titular definitivo para a Copa. Melhor para nós.

***

Sou crítico contumaz de Roberto Carlos, mas ontem ele esteve sublime: apoiou o tempo inteiro e correu como um jovem que desponta. Se continuar assim nos próximos jogos, farei coro com o grupo que prega sua permanência como titular, turma da qual venho discordando há algum tempo.

***

Na transmissão, Galvão Bueno levantou a bola a partir de uma pergunta de um internauta: como iria o Brasil enfrentar a Argentina? Mas qual seria a dúvida de Parreira pra escalar o time? Juan no lugar de Lúcio, expulso, Cafu retorna após cumprir suspensão e pronto. Vai mudar o meio-campo e o ataque? Que atuaram soberbamente e envolveram o torcedor? Pra quê? Alberto Helena Jr. deu o melhor argumento no Bem, Amigos! de hoje: e daí se perder pra Argentina? Alguém ainda duvida da classificação da Seleção, que ainda pega Chile e Venezuela em casa?

Robinho neles!

2 de jun. de 2005

Ontem foi só bola pra frente

escrito por Raphael Perret @ 10:05 6 comentário(s)

Ah, até que não errei feio nos palpites, né? Apenas subestimei o poder ofensivo das equipes que entraram em campo ontem. Em jogos de mata-mata, espera-se que os times joguem com mais cautela, principalmente em segundas partidas de decisão (caso dos jogos da Copa do Brasil) e também com a regra do gol fora de casa ser critério de desempate.

Mas que nada: nos quatro jogos, o que teve menos gols foi São Paulo 4 x 0 Tigres! Em cada um dos demais, as redes balançaram cinco vezes, valorizando a emoção que já é alta na reta final de torneios mata-mata.

Salve o Furacão, que com um jogador a menos desde a metade do primeiro tempo sabia que não poderia sufocar o Santos: recuou bastante, porém saía com velocidade nos contra-ataques. Se o Peixe não furou o ferrolho, o Atlético soube correr e marcou um belo gol para garantir a vitória em Curitiba. Sem Léo e Robinho, não vai ser muito fácil pro Santos reverter a situação na Vila Belmiro.

Aliás, analisando as circunstâncias em que o Atlético se classificou para a fase atual, considerá-lo azarão a essa altura é uma insensatez. O time passou da primeira fase mesmo perdendo por 4 a 0 em casa graças a um resultado inesperado de um terceiro clube. Nas oitavas, ganhou a primeira por 2 a 1 mas foi desacreditado ao Paraguai, e numa falha clamorosa da defesa do Cerro, conseguiu levar a vaga nos pênaltis. E ontem a vitória sobre o Santos foi, no mínimo, heróica. Não se espante caso tenhamos o Furacão nas semifinais da Libertadores e, simultaneamente, na lanterna do Brasileiro.

***

Se Rogério Ceni acertasse o pênalti, seria, talvez, o primeiro goleiro a fazer três gols em um só jogo. Não acertou. Entretanto, será que outro camisa 1 já marcou duas vezes na mesma partida? Era bom checar.

E, na boa, o São Paulo aguarda apenas o time argentino (Banfield ou River Plate) que vai enfrentar nas semifinais.

***

Cruzeiro 3 a 0 no primeiro tempo. Uma vitória aparentemente categórica, expressiva, reflexo de uma atuação excelente e que deixava o time mineiro tranqüilo rumo à final.

Aí vem o Paulista e me faz dois gols, um atrás do outro, um replay do outro. Voltando ao estágio inicial da partida, isto é, quando o Cruzeiro precisava fazer dois gols, o time de Jundiaí recuou todo e o Cruzeiro não teve categoria para transpor o bloqueio paulista.

Os gols foram de falta, é verdade, mas não tira a mancha de incompetência por parte do time mineiro, nem diminui os méritos da equipe visitante, que repete a façanha de 2004 de um time paulista fora da capital chegar à decisão da Copa do Brasil.

***

E o Fluminense também repete uma façanha de 2004, quando um grande clube carioca ficou a dois jogos de conquistar o torneio.

A chave para a vitória expressiva sobre o Ceará estava no meio-campo: o tricolor dominou o setor do início ao fim, desarmando os jogadores do time da casa com maestria e organizando contra-ataques com sobriedade e velocidade, sem recuar em demasiado. Para quem achava que o FLuminense estava numa curva decadente, após quatro jogos sem vencer, ontem deve ter mudado de idéia. O Fluminense tem um bom time, sim, e não esmoreceu diante de um clube de menor expressão, ao contrário de Flamengo, Atlético Mineiro (que foram eliminados pelo próprio Ceará), Cruzeiro e Internacional (que, antes considerados favoritos, saíram da Copa do Brasil graças ao Paulista de Jundiaí).

***

Pausa agora para a Seleção. Depois, mais arrepios com Santos x Atlético-PR e as finais da Copa do Brasil.

Junho será quente.

Ronaldo, Fenômeno

escrito por AL-Chaer @ 01:37 0 comentário(s)

AL-©haer

Toda vez que cito Ronaldo, o Fenômeno, eu não canso de lembrar de uma vez que o finado Ênio Andrade, então técnico do Cruzeiro, quando perguntado sobre o que ele achava do ainda Ronaldinho (na época, não tínhamos ainda o Ronaldinho, o Gaúcho), então, Ênio Andrade respondeu com uma frase, que considero clássica: “- A bola gosta dele.”

Pois bem, realmente, “a bola gosta do Ronaldinho”, o agora, Ronaldo, Fenômeno. É um Fenômeno do Futebol. É um Fenômeno da recuperação, pois outro jogador qualquer teria (e deveria ter) encerrado a carreira após a séria contusão no joelho. É um Fenômeno de marketing, pois é o menino-eleito da Nike. É um Fenômeno para nós, torcedores, pois todos nós (e mais milhões de torcedores em todo o mundo) fazemos de Ronaldo a referência de Futebol e o nosso espelhamento (quem já jogou Futebol, sabe o que estou falando).

Quem gosta do Ronaldo, o Fenômeno, às vezes se pega chamando-o de Ronaldinho.

Pois é, Ronaldinho, eu acho que você não está entendendo o que significa esta Copa das Confederações. Problemas, todos temos. Todos nós pagamos um preço pelas nossas escolhas. Sei que é muito alto o preço que você, Ronaldinho, paga pela posição de destaque que você ocupa. Sei que as cobranças são até exageradas. Mas quem já ocupou a posição de Melhor Jogador do Mundo também sofre.

E, saiba, Ronaldinho, mesmo com uma perna e meia, talvez você não tenha a noção do que você significa para nós, vestindo a camisa 9 da Seleção Brasileira. Gol da Seleção vale de qualquer maneira, mas nós gostamos muito de ver você errar o chute e matar o goleiro adversário. O gol que você faz sempre é mais gostoso.

E você vem e pede férias. Mas, não era o momento. O time da Copa de 2006 será o time que jogará a Copa das Confederações, com raríssimas surpresas. Na Copa das Confederações a Seleção terá mais condições de treinar do que nas vésperas da próxima Copa, na Alemanha. E, se você não teme pela sua posição de titular, eu aqui começo a temer. Acho que o Adriano terá uma oportunidade de ouro. E não sei se ele vai deixar esta oportunidade passar. A não ser que uma “panelinha” cuide da vaga do Ronaldinho, enquanto ele estiver de férias. Mas este é outro assunto, que somente deixando as coisas acontecerem, para a gente avaliar.

Tudo bem, como na Copa de 1998, a Nike não vai deixar você de fora. Mas, lembre-se, Ronaldinho, todo Fenômeno tem um período de ocorrência e, acho que você está antecipando o final do seu Fenômeno, ao pedir dispensa da Copa das Confederações.

Seria um Fenômeno inesperado acostumarmos com a Seleção sem você, Ronaldinho?

Ou seria esta a previsão do final deste Fenômeno, que você mesmo está inaugurando para nós?

Ou será que você está jogando esta bola toda que lhe permite as tão merecidas férias?

Ronaldinho, meu querido, fique perto da bola, para que ela não se desacostume de você. Nem nós. Ou será que uma nova separação já está sendo anunciada?

Você é mesmo um Fenômeno, Ronaldinho. Até quando? Até quando a bola vai continuar gostando de você?


AL-Bra©os

1 de jun. de 2005

Quarta quente

escrito por Raphael Perret @ 14:11 0 comentário(s)

Junho é o mês em que começa o inverno. Mas o clima está esquentando no futebol brasileiro, uma vez que entramos na reta final dos torneios mata-mata mais importantes do país.

A quarta-feira será quente em Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza. O Atlético-PR se classificou com muito desespero e agora enfrenta um dos melhores times do Brasil na Arena da Baixada. Mesmo lanterna do Brasileiro tendo perdido todos os jogos disputados, o Furacão não deve facilitar para o Santos. E se a equipe de Robinho já conseguiu perder para o Flamengo, não será nada estranha uma vitória do time da casa.

A torcida mais empolgada com a Libertadores deve lotar o Morumbi e empurrar o invicto São Paulo diante do invicto Tigres, do México. Como não se trata de um outro retranqueiro Once Caldas da vida, aposto no tricolor.

Em Belo Horizonte, o Cruzeiro precisa fazer 2 a 0 no Paulista para se classificar. Caso tome gols, a tarefa se dificultará. Acredito no time mineiro, que tem qualidade e cacife para derrotar o clube de Jundiaí.

E o Fluminense? Pega o Ceará, que já eliminou o Flamengo e o Atlético Mineiro. Acontece que o tricolor é muito melhor que todos os três times. Se conseguir manter a calma e não tomar gol no início, pode conseguir a façanha de se classificar em Fortaleza. Mas vale lembrar que, se não fizer gols, a vaga é do vice-campeão da Copa do Brasil de 1994.

Palpites? Santos e Atlético empatam, São Paulo vence por 1 a 0, Cruzeiro vence por 2 a 0 e Fluminense ganha de 1 a 0.