BlogBola

Tentando dar alguma razão à emoção do futebol

9 de jun. de 2005

Aprendendo

escrito por AL-Chaer @ 01:25

AL-©haer

Pela primeira vez, repito, pela primeira vez concordei com uma formação da Seleção proposta pelo Parreira. Eu até estava pensando que o Parreira iria colocar algum jogador mais experiente para começar a partida contra a Argentina, por exemplo, um Ricardinho no lugar de Robinho. Mas não. A surpresa foi o Parreira ter colocado em campo um time que, para todos nós, tinha a “cara” do Futebol Brasileiro: com muitos craques atacantes, jogadores habilidosos, um time com jogadores ofensivos por natureza. Mesmo sendo contra a Argentina. Mesmo sendo lá na casa deles. Era o que queríamos.

O que aprendemos, logo de saída, é que uma Argentina não é um Paraguai. Se o craque do Paraguai é o Gamarra, que sabe tudo de defesa (e não conseguiu parar o ataque do Brasil), na Argentina temos o Riquelme, que sabe tudo de bola, do meio-de-campo para frente. E, o que já sabíamos, é que nossa defesa continua a mesma “baba” de sempre. Deu no que deu: quando acordamos da “gostosa ressaca do Dream Team que goleou um Paraguai”, já estava 3 a 0 para a Argentina.

O que me agradou, no primeiro tempo, foram as tentativas de Kaká e Robinho. Ronaldinho Gaúcho não tinha entrado em campo.

Veio o segundo tempo e a Argentina passou a jogar como imaginávamos: com a vantagem no marcador, esperava o Brasil na defesa e tentava atacar nos contra-ataques. Era de se esperar que, desta forma, o Brasil teria mais posse de bola no segundo tempo, o que foi confirmado.

E veio a primeira alteração no time Brasileiro: Parreira sacou Robinho, colocando Renato em campo. Naquele momento eu achava que o Parreira iria fazer duas substituições ao mesmo tempo: Ricardinho no lugar de Robinho e Ricardo Oliveira no lugar de Adriano. Mas, na minha opinião, quem tinha que sair mesmo era o Ronaldinho Gaúcho, que até então, não tinha jogado nada. Adriano, também, não me agradava, pois saía demais da área, tentando receber a bola que, mais uma vez, só chegava para ele na “fogueira”.

E, para minha surpresa, o Parreira acabou dando uma lição de Futebol. A todos nós. A entrada de Renato e a saída de Robinho organizou o time do Brasil. A entrada de Renato contribuiu para dois fatores: juntamente com o Zé Roberto e Emerson, o combate no meio-de-campo ficou mais eficiente e, com fôlego, proporcionou boas jogadas pelo ataque. E, ainda, a saída do Robinho fez o Futebol de Ronaldinho Gaúcho aparecer. Kaká, que na minha opinião foi o melhor jogador do Brasil nesta partida, também cresceu no segundo tempo, pois, sem o Robinho, as opções eram Ronaldinho Gaúcho e Kaká. Mas, já era tarde.

E, no final das contas, somos obrigados a aceitar (ou engolir!) que não dá para jogar bonito em jogos decisivos. Agora, o Parreira não precisará justificar mais nada. Para a Copa do Mundo (em que todos os jogos são decisões), como nosso miolo de defesa é fraco e nossos laterais são atacantes, precisaremos jogar com três volantes: Emerson, Zé Roberto e, quem sabe, o Renato. Robinho vai para o banco e esperará por 2010. Foi assim com o Ronaldinho, Fenômeno, em 1994, lembram?

Por falar em Ronaldinho, Fenômeno, o Adriano está jogando igual a ele, então, depois das férias, o Fenômeno volta contra o Chile e o Brasil se classifica para a Copa do Mundo e tudo volta ao normal.

Pois é. A Argentina tem um goleador. O Crespo. Que não tira férias.


O chute de Roberto Carlos continua impressionante. Até em câmera-lenta a bola é rápida.

Kaká é o nome dele!

AL-Bra©os

1 Comentários:

Em 21:02, Anonymous Anônimo falou...

O Lula ficou muito triste com o jogo, aliás disse que foi um dos dias mais tristes da sua vida.
Tem base!!!!
Só em Anápolis mesmo.

 

Postar um comentário

<< Home