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Tentando dar alguma razão à emoção do futebol

24 de jun. de 2005

Curiosidades de uma Final

escrito por AL-Chaer @ 09:51

AL-©haer

Na Final da Copa do Brasil de 2005, tivemos o encontro da tradicional equipe do Fluminense, o imponente Tricolor das Laranjeiras, contra o Paulista, do interior de São Paulo, da rica cidade de Jundiaí.

Antes da Partida de Ida, para a maioria, o favorito era o Fluminense. Sendo uma disputa entre um Carioca e um Paulista, o retrospecto dos confrontos entre Cariocas e Paulistas nos últimos anos indicava exatamente o contrário: Cariocas não têm tido êxito em confronto com Paulistas.

A seqüência de jogos de cada equipe antes da Final é, também, reveladora. Enquanto o Fluminense superou os adversários Campinense-PB, Esportivo-RS, Grêmio, Treze-PB e Ceará, o Paulista passou por Juventude-RS, Botafogo-RJ, Internacional, Figueirense e Cruzeiro. Ou seja, o Paulista superou 6 equipes que disputam a atual Série A do Brasileirão. Com exceção do Figueirense, que não começou bem a Série A, os demais times que o Paulista enfrentou estão todos com pontuação maior ou igual a 12 PG na competição, alcançando posição de destaque na Tabela de Classificação. Então, enquanto o Paulista jogava, o Fluminense treinava rumo a Final.

E veio a Partida de Ida. Lá em Jundiaí. Campo pequeno. Torcida próxima ao campo de jogo. E o Paulista abriu dois gols de vantagem, que poderiam ser três ou quatro.

Na Partida de Volta, o que se dizia é que era perfeitamente possível que o Fluminense revertesse a vantagem, talvez até sem a necessidade da decisão em cobrança de tiros livres da marca de pênalti.

Só que aconteceram outros aspectos curiosos:

- o artilheiro do Paulista levou o 3º Cartão Amarelo após a comemoração do 2º gol e ficou de fora da decisão;

- o julgamento de “perda de mando de campo” a que o Fluminense está incluído foi, estranhamente, adiado;

- Diego (jovem promessa do Fluminense), convocado para a Seleção Sub-alguma-idade, foi dispensado por contusão e retornou ao Brasil para se tratar...estranhamente, recuperou-se e, com uma proteção no ombro, foi escalado;

- o Maracanã, em reforma, não pôde ser utilizado e o estádio escolhido foi São Januário, de dimensões pequenas, com a torcida bem próxima ao campo, típico estádio de time pequeno...

- o Abelão é um bom técnico para decidir Campeonato Carioca, ou para livrar a Ponte Preta do rebaixamento, mas, treinando times Cariocas contra times Paulistas, em decisão, pela segunda vez consecutiva, demonstrou ter “pés de barro”...e gelados!

E, mais uma vez, foi a Primeira Partida que decidiu tudo. A Segunda Partida foi somente para o Paulista administrar a vantagem.

Veja você, caro leitor apaixonado, dos 6 confrontos que o Paulista disputou, este foi o único confronto em que não sofreu gol.

Em uma Final, em que, teoricamente, é o confronto mais difícil, paradoxalmente - para o Paulista - foi o mais fácil.

Fácil até demais!

AL-Bra©os

3 Comentários:

Em 15:24, Anonymous Anônimo falou...

Quase perfeito, Chaer.
Só não concordo com a crítica ao Abel. Em vez de se dizer que ele perdeu duas finais, poderia se dizer que ele chegou por dois anoa cnsecutivos, com times diferentes, à final da Copa do Brasil. O que, convenhamos, é um excelente desempenho...

 
Em 18:48, Blogger Daniel F. Silva falou...

A postagem só confirma o quão foi merecido o título da Copa do Brasil conquistado pelo Paulista, contra tudo e todos, fazendo - ao contrário do que palpitei antes do primeiro jogo da final - o raio cair pela segunda vez no mesmo lugar.

 
Em 01:28, Blogger AL-Chaer falou...

Moacir, você tem razão, pois, além de chegar a duas decisões consecutivas da Copa do Brasil, o Abelão também conquistou o Campeonato Carioca.

Resta-nos acompanhar para ver se o Abelão segura o time do Fluminense nas 3 primeiras posições do Brasileirão...

Daniel, veja só, não foi que o tal do "raio" caiu pela segunda vez na cabeça do Abelão? Que coisa, hein?!

AL-Bra©os
AL-©haer

 

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