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Tentando dar alguma razão à emoção do futebol

5 de jul. de 2008

Viver de passado é importante

escrito por Raphael Perret @ 11:35 4 comentário(s)

O Flamengo lançou uma linha de camisas comemorativas em homenagem a grandes craques de sua história, como Zico, Júnior, Andrade e Adílio. Agora, leio que o Vasco também vai pôr no mercado uma camisa lembrando Cocada e o seu golaço que deu ao clube a conquista do Estadual de 1988, na decisão contra o rival rubro-negro. Outros times têm feito o mesmo.

Acho muito legais essas medidas. Primeiro, porque reforçam os laços com o passado e consolidam a dimensão dos clubes. Afinal, um time é grande pela história e pelas glórias que tem. Segundo, porque são um caminho interessante para a arrecadação de receitas e adoção de novos torcedores. E, terceiro, porque se tratam de uma justa homenagem aos eternos ídolos.

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3 de jul. de 2008

É do jogo

escrito por Raphael Perret @ 01:55 4 comentário(s)

Fluminense 3 x 1 LDU (1 x 3 nos pênaltis), Maracanã, segundo jogo da final da Libertadores 2008, 02/07/2008


Foi assim contra o São Paulo, foi assim contra o Boca Juniors: a vitória tinha que ser épica, histórica, sofrida. O gol de Bolaños aos 5 minutos do primeiro tempo aumentava a carga dramática da partida. E o destino parecia ser um título eterno, com os 3 a 1 já no início do segundo tempo, graças a um Thiago Neves oportunista e iluminado.

Mas o Fluminense, como um todo, não parecia em um dia mágico, como esteve nas outras duas grandes vitórias. Fernando Henrique não brilhou (não foi muito exigido, mas assustou em alguns lances), a defesa falhou bastante e bateu cabeça, o próprio Thiago Neves, tirando o momento dos gols, não armou muitas jogadas e...

Bem, Washington e Dodô confirmaram aquilo que seus detratores sempre reforçaram: que não são jogadores decisivos. Foram importantes no meio do caminho da Libertadores e deram a impressão de que calariam seus críticos. Mas a atuação dos dois jogadores, sobretudo de Washington, péssimo, confirmou a dificuldade deles em decidir um campeonato.

Assim, não se entra pra história.

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No Sportv dizem que o Flu pareceu satisfeito ao fazer 3 a 1 e não lutou tanto pelo quarto gol. Injusto. O Fluminense buscou os gols, sempre. Só que a LDU jogou bem, manteve a calma mesmo diante de uma torcida incansável e, principalmente, marcou muito bem a saída de bola do Tricolor. Com esta tática - que deveria ser permanente em qualquer time do planeta - o time equatoriano atrapalhou o toque de bola do Fluminense, conseguiu alguns desarmes e laterais. Enfim, ganhou tempo, medida fundamental para um time que tinha a vantagem durante boa parte do jogo.

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Mesmo assim, é de se louvar a atuação de Arouca, Conca e Junior Cesar, este sim, irretocável no segundo tempo.

A LDU também mostrou valores, como Manso, Guerron e Bolaños. E Cevallos, muito inseguro durante o jogo, foi essencial na cobrança dos pênaltis, até com uma catimba inédita e três defesas.

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Não faltou fibra nem garra. Alguns jogadores apenas não atuaram bem. Por inexperiência? Não, em outros momentos, mais difíceis até, os atletas se superaram. Por cansaço? Mas o Flu titular só tem jogado às quartas.

Só nos resta recorrer ao clichê. Às vezes se ganha, às vezes se perde.

Hoje foi o dia da derrota.

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1 de jul. de 2008

O velho Flamengo

escrito por Raphael Perret @ 18:57 3 comentário(s)

A substituição de Cristian, volante, por Maxi, atacante, é um símbolo da era Caio Junior. Empatando em 1 a 1 com o Sport, em Recife, num momento em que o time da casa ensaiava um reação e a torcida se animava, o técnico do Flamengo colocou mais força ofensiva, abrindo mão d eum jogador de contenção. Deu certo: aos 48 do segundo tempo, Obina fazia o gol da vitória, em ótima jogada coletiva.

Caio Júnior parece ter entendido o espírito do campeonato de pontos corridos. Vencer é melhor do que empatar, sempre. E só ousando é possível ganhar uma partida. Claro que o técnico confia no seu taco e no seu elenco: a equipe do Flamengo, depois de muito tempo, dá confiança ao torcedor, ao treinador, ao dirigente e aos próprios jogadores. Se a qualidade individual não é a mesma, pelo menos em um aspecto este Flamengo de hoje se parece com o outrora vitorioso do início dos anos 80: não tem medo de ganhar em nenhum estádio do mundo.

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