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Tentando dar alguma razão à emoção do futebol

28 de mai. de 2008

Uma quarta por três

escrito por Raphael Perret @ 13:07

O único defeito desta quarta-feira é bem evidente: os três grandes jogaços de hoje ocorrem à mesma hora! Ao contrário de muitos comentaristas, não consigo ver mais de uma partida ao mesmo tempo. Se os jogos simultâneos são decisivos, a dificuldade aumenta, porque prefiro me concentrar nos detalhes de um confronto. E também não gosto de correr riscos de perder um lance capital no troca-troca de canais.

Como carioca e (soluço de tristeza) sem meu time participando desta quarta-feira mágica, é difícil escolher o jogo para assistir, já que cada um dos três envolve um clube do Rio.

Quer dizer, seria difícil. Seria se um dos jogos não fosse com um time argentino e valendo vaga na final da Libertadores.

É claro que vou curtir o primeiro jogo entre Boca Juniors e Fluminense. O princípio da confirmação de um favoritismo portenho ou de uma classificação inédita para a decisão mais importante do futebol sul-americano. Dois times que jogam pra frente, com volumes ofensivos consistentes e habilidosos. Se a defesa do Fluminense, a melhor da competição e comandada pelo excelente Thiago Silva, dá uma leve vantagem ao tricolor na comparação entre as equipes, a tradição e o peso da camisa contam a favor dos xeneizes.

Francamente, não existe a menor chance deste primeiro duelo incorrer na chatice tradicional dos jogos iniciais dos confrontos mata-mata. Aposto em qualquer resultado, menos no zero a zero, nem em uma vitória com diferença superior a um gol.

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A Fiel, como se esperava, lotará o Morumbi para empurrar o Corinthians à decisão da Copa do Brasil. É importante que a torcida paulista, porém, saiba que o Botafogo não é o Goiás, nem o São Caetano. O time carioca vai dificultar a tarefa do time de Mano Menezes e poderá aproveitar espaços na pressão que o Corinthians tentará impor desde o apito inicial.

Sofrer um gol exigirá equilíbrio do time (qualquer um dos dois). E aqui entrará o diferencial. Terá o Botafogo suporte psicológico para tal? Semana passada, o time virou o jogo no Engenhão. Conseguirá, caso tome um gol, no Morumbi? E a torcida corintiana, como agirá se o Botafogo abrir o placar?

Se o Botafogo marca o seu gol primeiro, se torna o favorito de vez. Neste momento, o favorito para a vitória é o Corinthians. Isso não quer dizer que será o Timão o finalista da Copa do Brasil.

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Entrar em campo precisando marcar três gols é um componente pesadíssimo para qualquer time. Inclusive para o Vasco, que entra em campo em seu famoso caldeirão, lotado e efervescente, com esse objetivo, caso queira disputar a decisão da Copa do Brasil.

Não duvidemos do Sport, que, não custa lembrar, eliminou Palmeiras e Inter, tomando apenas um gol ao todo nos dois jogos que disputou fora de Recife. Não duvidemos da história vascaína, que conta várias eliminações do time da Copa do Brasil em São Januário.

Porém, acredito na vitória vascaína. O passado do Vasco é recheado de gols, de equipes ofensivas, de ataques fulminantes. Com Edmundo, Leandro Amaral, Morais e Alex Teixeira em campo, o time deve manter a tradição de pôr a bola na rede adversária mais de uma vez em um jogo só.

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Um ano depois de servir de coadjuvante no tal milésimo gol de Romário (foi em 20 de maio), o Sport volta a São Januário disposto a fazer história. Pro bem ou para o mal. Ou elimina o Vasco no Rio (o que não é novidade na história cruzmaltina) e se redime da participação de luxo na festa do Baixinho, ou é desclassificado numa vitória épica do Vasco, seja nos pênaltis ou não, dentro de um explosivo São Januário.

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