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Tentando dar alguma razão à emoção do futebol

15 de mai. de 2008

Garra e marcação superam a técnica

escrito por Raphael Perret @ 00:13

São Paulo 1 x 0 Fluminense, Morumbi (São Paulo), primeira partida das quartas-de-final da Libertadores, 14/05/2008


Deixar o São Paulo fazer 1 a 0 é erguer uma muralha na área adversária. Desde 2007 o time paulista é competente na defesa e sabe impedir gols. A vantagem, para quem enfrenta o São Paulo, é que o contra-ataque não é veloz. As desvantagens, porém, são mais numerosas: o tricolor do Morumbi é bom no jogo aéreo, nas triangulações e nas inversões de lado. Com Adriano (um tanque!) em boa forma, o perigo é multiplicado. Mas, ontem, foi atenuado com a imprecisão dos chutes e passes de Dagoberto, que perdeu um gol incrível aos 27 do segundo tempo.

A entrada de Conca no Fluminense era óbvia e necessária. Poderia ter ocorrido desde que o placar foi alterado, dada a dificuldade de entrada na área são-paulina. Com dois armadores e dois atacantes, além da subida dos laterais, o tricolor carioca poderia ter chegado mais ao gol de Rogério Ceni. A substituição só veio no meio do segundo tempo e se justificaria com uma boa atuação de Conca, mas, a meu ver, foi errada. Thiago Neves, embora atuando mal e com um cartão amarelo na conta, seria mais útil com a companhia do argentino, enquanto Dodô errava tudo e vinha sem ritmo de jogo.

Enfim, o time mais técnico não resistiu ao time mais forte na marcação. Além disso, o São Paulo mostrou mais raça e disposição, principalmente no primeiro tempo, quando ganhou a maioria das divididas. O famoso "detalhe" que faz a diferença nos jogos equilibrados esteve na garra dos paulistas.

O Flu pode reverter no Maracanã. Mas vai ter que partir com um volume ofensivo maior, para suplantar a robusta defesa do São Paulo.

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