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Tentando dar alguma razão à emoção do futebol

24 de ago. de 2006

Sobre azulões, amarelões e um tricolor

escrito por Raphael Perret @ 00:06

Após um primeiro tempo desastroso, em que o Flamengo foi dominado inteiramente pelo São Caetano e, sabe-se lá como, saiu de campo com 1 a 1 no placar, o técnico Ney Franco demonstrou ousadia e mudou todo o esquema tático a fim de buscar a vitória, mesmo em São Caetano do Sul. Os planos quase foram por água abaixo com o gol maluco de Gustavo logo no início da segunda etapa. Porém, os jogadores rubro-negros mostraram brio e conseguiram o empate no finzinho, numa falta magistralmente cobrada por Renato.

Surpreendi-me com o São Caetano, que deixou de ser um time botinudo e sem sal para tornar-se uma equipe não mais que mediana, mas com alguma consciência coletiva e jogadores talentosos, como o baixinho e habilidoso Élton. Ao contrário do que imaginei no início do campeonato, não creio mais que o Azulão seja candidato ao rebaixamento.

(São Caetano 2 x 2 Flamengo, Anacleto Campanella, São Caetano do Sul, 23/08/2006, décima-nona rodada do Campeonato Brasileiro)

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Luxemburgo já dirigiu times mais objetivos. As duas oportunidades que teve para chegar à liderança o Santos resolveu dispensar. Abdicou da vitória contra o Vasco na Vila Belmiro e permitiu o empate do Santa Cruz no Arruda. É o time amarelão de 2006, até agora.

(Santa Cruz 1 x 1 Santos, Arruda, Recife, 23/08/2006, décima-nona rodada do Campeonato Brasileiro)

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E o Internacional também continua adepto do amarelo, desde 2005. Vencia o Goiás por 2 a 0 no Serra Dourada aos 37 do segundo tempo e alcançaria a vice-liderança do Brasileiro com um jogo a menos. O placar final está aí embaixo. A perda de jogadores importantes não justifica o abandono da vitória pontualmente neste jogo.

(Goiás 2 x 2 Internacional, Serra Dourada, Goiânia, 23/08/2006, décima-nona rodada do Campeonato Brasileiro)


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Que caldeirão é esse que o Fluminense se tornou? O grupo está claramente dividido e só um técnico de diálogo porá fim à cisão. Antonio Lopes, no início de carreira, esbanjava autoritarismo, mas seus últimos empregos demonstraram uma mudança de mentalidade. Vale lembrar que, no ano passado, levou um desacreditado Atlético-PR à final da Libertadores e um Corinthians em crise ao título brasileiro. Pode fazer uma boa salada com o elenco do Flu. O maior desafio é suportar a pressão mista da diretoria e do patrocinador, que se meteram deliberadamente no trabalho de Josué Teixeira e bagunçaram um coreto que já vinha desafinando.

1 Comentários:

Em 16:50, Blogger Daniel F. Silva falou...

Alguns comentários:

- No jogo do Flamengo contra o São Caetano, vale lembrar que o árbitro errou duas vezes, uma para cada lado, ambas no primeiro tempo. Não deu um pênalti claro a favor do Azulão e ainda validou um gol irregular do mesmo time, cujo jogador ajeitou a bola com a mão antes de chutar. E ainda houve quem aturasse o Morsa do Terceiro Tempo "denunciando" um esquema para salvar os cariocas do rebaixamento, só porque o juiz deu apenas um minuto de acréscimo.

- O Santos realmente poderia estar melhor, tem um ótimo técnico, mas o time é apenas mediano. Já o Inter, ontem, foi prejudicado pela arbitragem, pois foi anulado um gol legítimo (o bandeira, mesmo com dois jogadores do Goiás dando condição, apontou um impedimento que não existiu). Ainda bem que a tal "síndrome de amarelão" não atingiu o Inter na Libertadores...

- Digo desde já: se Antônio Lopes não salvar o Flu, nem Deus salva.

 

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