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Tentando dar alguma razão à emoção do futebol

10 de mai. de 2006

Olhos em Quilmes, Quito e Ipatinga

escrito por Raphael Perret @ 00:26

Quarta-feira, mais uma rodada quente na Libertadores e Copa do Brasil, torneios que, ano após ano, vão emocionando os torcedores no primeiro semestre, graças à modalidade mata-mata e porque são decididos no meio do ano.

Em Quilmes, o São Paulo enfrenta o Estudiantes. Os dois times são tricampeões da Libertadores. A tradição desfilará na Argentina, equilibradamente, enquanto a qualidade entrará em campo ao lado do time brasileiro, superior aos portenhos. O Goiás perdeu de 2 a 0 porque se acovardou, atitude que não combina com o São Paulo.

O Internacional, por sua vez, sobe o morro e enfrenta a LDU, em Quito, no Equador. Se os jogadores superarem os tradicionais problemas da altitude - eles chegam quatro horas antes do jogo para minimizar as conseqüências do ar rarefeito - podem conseguir um bom resultado.

Para assustar, lembro que a LDU disputou quatro jogos em Quito. Em dois, venceu por 4 a 0, enquanto, em outro, goleou por 5 a 0.

Mas foi derrotado pelo Vélez Sarsfield, time de melhor campanha da Libertadores em 2006, por 3 a 1.

Retornando dos países vizinhos, temos um interessante confronto pelas semifinais da Copa do Brasil. O Ipatinga, campeão mineiro de 2005, vice de 2006 e que eliminou Botafogo, Náutico e Santos, sem perder uma única partida em toda a sua campanha, recebe o Flamengo, time que melhorou muito depois do pífio Estadual, apresentando uma evolução na marcação e na exploração dos contra-ataques.

É um jogo de prestação de contas de cada equipe com suas torcidas. O Ipatinga quer mesmo se tornar um clube grande? Se chegar à decisão, mesmo depois de ter perdido (ou vendido, como queiram) vários jogadores importantes ao longo do torneio, terá comprovado seu crescimento e ganhará muita exposição. E o Flamengo, ratificará o peso de sua camisa? É uma boa oportunidade de exorcizar o fantasma do Santo André e mostrar que, mesmo sem ser brilhante, o time tem atributos que são capazes de torná-lo, pelo menos, finalista da Copa do Brasil. A conferir.

Na quinta teremos um Fluminense x Vasco que promete: mais da metade dos ingressos já foram vendidos e a imprensa carioca faz boa propaganda do clássico. Não à toa. O tricolor tem um elenco melhor e mais entrosado, está em segundo no Brasileiro, não perde há 14 partidas e brinda a torcida com um bela revelação, Lenny. Em compensação, o Vasco também mostrou amadurecimento desde a saída de Romário e está invicto há 11 jogos, mesmo tendo colocado em campo muitos jogadores reservas nas últimas partidas do Brasileiro. Embora a máxima "em clássico não há favorito" seja um superclichê, ela nunca foi tão pertinente aplicada ao jogo de amanhã.

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Leio no site da Placar que Marcelinho "tem a missão de erguer o Corinthians". Que aposta da diretoria, hein? Mesmo identificado com a torcida, um jogador que se mostrou decadente nas suas mais recentes aparições (incluindo a última participação no rebaixado Brasiliense), problemático e há muito tempo sem jogar é o salvador da pátria corintiana, apesar de o próprio admitir que tal alcunha não lhe cabe.

Se der certo, será sorte. Se der errado, será natural. E uma prova de que os tais "profissionais" do futebol do Parque São Jorge estão simplesmente perdidos.

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O presidente do Barcelona informa: tal qual na última temporada, o time não usará patrocinador em seu uniforme no próximo ano futebolístico.

Sim, eu disse Barcelona. O campeão espanhol, possível campeão europeu, clube do melhor jogador do mundo.

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