Pseudoprofissionalismo
escrito por Raphael Perret @ 23:06
Oswaldo de Oliveira deixa o tricolor e atira na Unimed
O patrocínio da Unimed com o Fluminense rendeu dinheiro para os cofres do clube, boas participações no Campeonato Brasileiro e um ou outro título. Depois dos decepcionantes rebaixamentos no fim do século passado, o tricolor retomou a auto-estima e sempre pode sonhar com um prestígio maior para seu time do coração.
A saída do técnico Oswaldo de Oliveira expôs uma ferida escondida, que todo mundo sentia, mas ninguém tinha coragem de pôr à vista.
A prática da interferência de parceiros sempre foi especulada. Porém, Oswaldo, ao sair do Fluminense, escancarou: disse que saiu por pressão da Unimed, que paga os salários dos medalhões tricolores, preteridos pelo treinador, e afirmou que esse tipo de intervenção já havia ocorrido no São Paulo, no Flamengo e no Vasco, clubes pelos quais já havia passado. Será negado, mas alguém duvida realmente que isso aconteça?
Esperava-se mais de uma parceria que se diz profissional, onde o investidor é responsável por injetar dinheiro no clube e até por cobrar resultados, mas sem interferir nas decisões mais microscópicas, como aquelas que cabem à comissão técnica. Afinal, ninguém espera que o treinador do time dê pitaco sobre as melhores aplicações financeiras do investidor, não é?
Pobre futebol brasileiro. Quando um clube parece mostrar uma mínima decência profissional, revela-se que as gestões esportivas por aqui permanecem amadoras.
1 Comentários:
A interferência da Unimed no Fluminense consegue ser ainda maior do que a da Parmalat na época em que patrocinava o Palmeiras...
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