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Tentando dar alguma razão à emoção do futebol

16 de abr. de 2006

Pra ficar ruim, tem que melhorar

escrito por Raphael Perret @ 21:00

As goleadas sobre o ABC e o Guarani mostraram aos rubro-negros que há times piores que o Flamengo no futebol brasileiro. É possível, assim, que o clube escape do rebaixamento em 2006.

A derrota por 1 a 0 para o São Paulo, na estréia do Brasileirão, mostrou aos rubro-negros que o Flamengo tem que melhorar muito pra conseguir um mínimo de pontos no campeonato. Estréia mais apática não poderia haver. O tricolor jogou um décimo do que sabe para obter uma vitória com um magro gol de pênalti. As principais oportunidades desperdiçadas foram do ataque do São Paulo, através de Alex Dias e de Souza. O Flamengo perdeu chances somente com o estreante Diego Silva, que tocou na bola duas vezes, em ambas cara a cara com Rogério Ceni, em ambas perdendo gols feitos.

Não é Diego Silva, porém, o culpado pela derrota. Nenhum time que aspira a qualquer coisa no Brasileiro, mesmo que seja a fuga da Série B, pode errar tantos passes como o Flamengo errou no jogo no Morumbi. A torcida não quer um Gérson que acerte lançamentos de trinta metros. Quer seres humanos que tenham uma pontaria mediana, capaz de caprichar num passe de dois metros. O básico do básico.

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A transmissão da Globo sempre põe comentários e perguntas dos internautas durante os jogos. Em geral, apenas bobeiras ou frases que corroboram a visão dos comentaristas da emissora. Na partida entre São Paulo e Flamengo, li a análise mais inteligente que eu já vi: "O Fernando erra todos os jogos e não sai nunca. O Diego errou no primeiro jogo e saiu".

A falha de Fernando no gol do São Paulo foi a mais primária que um zagueiro pode cometer: tentar driblar um oponente em seu campo de defesa. O resultado do lance foi o resultado do jogo. É uma boa desculpa para tirar Fernando do time titular do Flamengo para sempre. Se alguém entender a presença de tão fraco e agressivo zagueiro no elenco rubro-negro, por favor deixe um comentário.

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Muito boa vitória a do Fluminense sobre o Atlético-PR por 2 a 1 na Arena da Baixada. O Furacão não é o mesmo dos últimos anos, mas apresentou-se como um adversário difícil de ser vencido. Porém, o tricolor carioca conseguiu evoluir. Jogou sem medo, encaixando bons contra-ataques. Sem dúvida, efeito do trabalho de Oswaldo de Oliveira.

Só chamou a atenção o fato do goleiro Fernando Henrique soltar tantas bolas em chutes de longa distância. Foi assim que surgiu o gol do Atlético e foi assim que quase os donos da casa não perderam.

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Poucas surpresas. A maior foi a derrota do bom time do Palmeiras, em casa, para a Ponte Preta.

Como disse o Cléber Machado, é só o início. Só falta as mesas redondas de logo mais começarem a alarmar que o Corinthians está na zona do rebaixamento...

2 Comentários:

Em 17:00, Blogger Daniel F. Silva falou...

A explicação é simples... O cara tem padrinho forte!!!

 
Em 12:47, Blogger Raphael Perret falou...

O Uram é padrinho de muitos jogadores no futebol carioca. Isso é um outro problema, mas fiquemos ainda no caso Fernando. Este não deve ser o único afilhado do empresário dentro do Flamengo. Ao menos os outros jogadores são medianos, enquanto o Fernando é fraco. Logo, é necessário mesmo que o zagueiro seja titular do time? E, muito pior ainda, capitão, desonrando uma braçadeira que já foi de Zico, Júnior e Romário?

 

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