Talento e velocidade
escrito por Raphael Perret @ 17:13
Não acho que o Parreira e seu esquema sejam os culpados pela magreza do resultado de 1 a 0 na vitória sobre o Peru. Diante de um ferrolho como aquele, é muito difícil criar uma boa jogada mesmo com a habilidade do ataque brasileiro.
A menos que o time articule uma tabeliha com rapidez, o que parecia impossível tamanho o sono com que os jogadores carregavam a bola no primeiro tempo. Ou a menos que alguém arriscasse uma jogada individual, um "partir pra cima", um "deixa que eu resolvo", que empolga a torcida e o time. Ou seja, quando alguém assume a responsabilidade e, velozmente, parte pra dentro da defesa para arriscar um chute ou deixar um companheiro em boa posição.
Essas iniciativas faltaram ao Brasil nos primeiros 45 minutos. O time chegava com a bola na entrada da área peruana e não sabia o que fazer. Trocava passes lenta e dispersivamente, como se jogasse para cumprir tabela de um torneio já sacramentado. Na segunda etapa, a coisa mudou. Robinho arriscou (ufa!) alguns dribles pela esquerda, Kaká se soltou e produziu bons lances pela direita e todos imprimiram mais velocidade no ataque. Conseqüências: um gol construído em boa triangulação e um pênalti absurdamente nãomarcado, fruto de uma trama costurada por Robinho e Ronaldinho Gaúcho.
O resultado foi justo em função da insistência do Brasil em buscar o gol, sobretudo no 2º tempo, em contraponto à covardia peruana. Contra o Uruguai, que joga em casa e deve ser mais ofensivo que o time de Paulo Autuori, a seleção brasileira terá que repetir a postura que adotou quando executou as melhores jogadas no Serra Dourada ontem: com talento e velocidade. Melhor ainda se Robinho for titular, já que ele mostrou disposição para correr e vontade de resolver.
1 Comentários:
e o Cafu, hein? morreu no segundo tempo. e foi uma nulidade no ataque no jogo contra o Uruguai. precisamos urgentemente de um lateral direito!
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